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Sem-terra vão decidir hoje se levam adiante marcha no RS
Tadeu Vilani/"Zero Hora"
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Com armas em punho, policiais se posicionam na frente de um grupo de sem-terra, no centro do município de Passo Fundo (RS) |
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O Ministério Público Federal
se reuniu ontem, em Passo
Fundo (280 km de Porto Alegre), com integrantes do MST
(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e da Farsul (Federação da Agricultura
do Rio Grande do Sul), que representa os produtores rurais,
para negociar o fim da marcha
em direção à fazenda Guerra,
em Coqueiros do Sul (315 km
de Porto Alegre).
Hoje os integrantes do movimento decidem se retornarão
aos seus assentamentos ou se
continuarão a caminhada até a
fazenda Guerra.
O objetivo do encontro era
impedir que nos próximos dias
ocorram conflitos entre ruralistas e sem-terra.
Três grupos do MST estão caminhando pelo interior do Estado desde o mês passado, em
direção à fazenda, para fazer
ato de protesto pedindo sua desapropriação.
Dois dos três grupos estão
perto de Coqueiros do Sul, mas
ontem eles permaneceram em
acampamentos em áreas próximas às cidades de Carazinho e
Almirante Tamandaré do Sul.
Nestas duas localidades, a
Justiça proibiu a entrada dos
sem-terra. O terceiro grupo de
manifestantes permanece em
Passo Fundo.
Manifestação
Ainda em Passo Fundo, o Ministério Público Federal fez
uma audiência com representantes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para discutir a situação da fazenda Guerra.
Durante a audiência, cerca de
80 integrantes do movimento,
segundo a Brigada Militar, fizeram manifestação com carros
de som. Os policiais bloquearam a rua de acesso ao prédio
do Ministério Público.
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