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Vinhos - Patrícia Jota O prazer de beber sem altas viagens Tannat de três países São 3.500 ha de tannat no mundo, quase tudo no Uruguai, mas o Brasil tem mostrado talento com a uva O Uruguai vem ganhando notoriedade graças aos tintos concentrados à base da uva francesa tannat, a qual abraçou com unhas e dentes. Segundo a organização Wines of Uruguay, cerca de um terço dos vinhedos do país são preenchidos com essa variedade. Na terra natal, ela nem sempre foi vista como uma casta de prestígio. Aparecia em blends com cabernet sauvignon, cabernet franc, merlot... Até que o produtor Alain Brumont, da região de Madiran, no sudoeste da França, conseguiu domar suas arestas e, na década de 1980, quebrou a mesmice ao apresentar o Montus Prestige, o primeiro Madiran 100% tannat. E não parou aí. A partir de um vinhedo antigo, ele fez outro tannat interessante: Château Bouscassé Vieilles Vignes. Existem 3.500 hectares de tannat em todo o mundo (3.500 campos de futebol dos grandes), que pertencem quase que exclusivamente ao Uruguai e Madiran, mas o Brasil tem mostrado talento com essa uva -a quinta variedade europeia mais cultivada em solo nacional. O pioneiro por aqui foi o enólogo Ademir Brandelli, diretor da Don Laurindo, que estreou um tannat na safra 1995. A Lidio Carraro e a Miolo seguiram seus passos. A primeira elabora, apenas em anos em que as uvas atingem uma maturação excelente, um tinto superpotente. Já a Miolo tem um exemplar mais simples. "O tannat da campanha gaúcha e o uruguaio assemelham-se muito. Ambos são bem maduros, de cor retinta, de nariz frutado (quando não passam em carvalho) e boca marcada por taninos gastronômicos, sensação catalizada pela alta acidez", explica o enólogo Miguel Almeida, da Miolo.
Marichal Reserve Collection Tannat 2009
Lidio Carraro Tannat Grande Vindima 2008
Château Bouscassé Vieilles Vignes 2004
Miolo Reserva Tannat 2009 |
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