São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

VINHOS O prazer de beber sem altas viagens

Porto "on the rocks"

PATRÍCIA JOTA


Produtores lusitanos vêm quebrando tabus com o Porto rosé e o Porto tônico, além de pôr gelo na bebida


ESTAVA EM LISBOA quando a Croft, uma casa de vinho do Porto, com vinhedos na região do Douro, norte de Portugal, anunciou uma novidade que abalou as rígidas estruturas do setor vinícola luso: o Croft Pink, um vinho do Porto rosé despretensioso, bastante frutado, para beber geladinho e até mesmo com gelo.
Os mais conservadores chiaram, muitos aplaudiram, e a moda pegou. Atravessou o oceano e chegou ao Brasil, onde a garrafa custa R$ 60. Na esteira da Croft outros produtores portugueses célebres criaram suas versões rosé: Poças, Calém e Offley são alguns.
O processo de elaboração do Porto rosé é semelhante ao dos outros.
A diferença está no tempo de contato da casca da uva com o mosto, que é bem menor. Por isso, fica clarinho.
Mas antes mesmo desse repente inovador, bares já elaboravam um aperitivo irreverente: o Porto tônico, nada mais do que vinho do Porto branco seco (1/3) e água tônica (2/ 3), servido com limão e gelo.
São estratégias para aproximar o Porto -tachado de bebida para velhos-, do consumidor moderno.
Para um enófilo iniciante, as nomenclaturas e protocolos que envolvem o fortificado, inventado há dois séculos, de fato inibe.
Confesso que levei algum tempo para decorar a "tabuada", mas depois me fascinei pelas nuances de cada estilo.

FOLHA.com
Conheça os diferentes tipos de vinho do Porto
folha.com/co913914


Texto Anterior: + em conta: Nos Jardins, Chef du Jour alia almoço trivial e preços acessíveis
Próximo Texto: Nina Horta: A resposta mora ao lado
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.