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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 16 A 22 DE NOVEMBRO DE 2007

 

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CINEMA

Os Donos da Noite

Diretor desperdiça boa premissa policial

Ricardo Calil

"Os Donos da Noite" começa de forma promissora. Em 15 minutos, o diretor James Gray ("Caminho sem Volta") arma uma interessante mistura de filme policial e drama familiar, com nítida influência de Martin Scorsese e possíveis ressonâncias das tragédias shakespearianas.

Na Nova York dos anos 80, os irmãos Joseph (Mark Whalberg) e Robert Grusinsky (Joaquin Phoenix) tomam rumos diferentes. Enquanto o primeiro segue os passos do pai policial (Robert Duvall), o segundo vira gerente de um clube noturno que pertence a um empresário russo.

Os caminhos dos irmãos voltam a se cruzar quando a polí cia descobre que o sobrinho do dono do clube é um traficante de drogas. Joseph pede ajuda para prender o criminoso, mas Robert se sente dividido entre a lealdade a seu chefe e os laços familiares.

Dessa ambigüidade, poderia surgir um grande filme. Mas Gray prefere deixar tudo às claras e eliminar qualquer contradição dos personagens, transformando seu trabalho em um confronto banal entre heróis (a polícia) e vilões (a máfia russa). O resultado é um filme que soa mais profundo do que realmente é. E que, em suas cenas finais, beira a pieguice.
Capa

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