Mortes: Jornalista pernambucana gostava de ajudar as pessoas
Com programas na TV e no rádio, dedicava tempo na ajudar ao próximo
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Certa vez, enquanto estava no estúdio para apresentar seu programa diário no Recife (PE), Graça Araújo soube que uma mulher, aos prantos, havia passado pela catraca e burlado a segurança para falar com ela. Mesmo sem poder sair naquele momento, a jornalista parou o que estava fazendo e foi ouvir o que a mulher tinha a dizer. Atenciosa, com uma conversa conseguiu acalmar a situação.
Segundo amigos de trabalho, a disposição em ouvir e ajudar ao próximo era uma marca de Graça. “Ela teve uma origem humilde e enfrentou muitas dificuldades, por isso entendia o que as pessoas passavam e gostava de ouvir e ajudar”, disse uma das amigas.
Natural de Itambé (a 76 km do Recife), Maria Gracilane Araújo da Silva mudou com a família para São Paulo na adolescência. Aos 14 começou a trabalhar para ajudar nas despesas da casa.
A jovem tinha o sonho de ser médica para ajudar as pessoas. Seguia com essa meta até descobrir uma paixão pelo jornalismo. Percebeu que na profissão também poderia contribuir com a sociedade.
Havia 27 anos que trabalhava no Sistema Jornal do Commércio de Comunicação, onde comandava um programa jornalístico na TV e outro no rádio. Ficou conhecida como Graça Araújo.
Gostava do rádio por ter mais tempo e espaço. Fez questão de incluir um quadro sobre saúde para ajudar a sanar dúvida de ouvintes.
Graça era muito ativa e praticava exercícios. Corria e acumulava muitas medalhas. Já estava inscrita para a São Silvestre de 2018. Mas foi durante uma sessão na academia que teve a jornada interrompida —sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e morreu no dia 8 de setembro, por falência de múltiplos órgãos. Deixa a mãe, irmãos e sobrinhos.
coluna.obituario@grupofolha.com.br