Chacina deixa três mortos no Jaçanã, zona norte de SP
Segundo testemunhas, os criminosos dispararam contra as vítimas e fugiram de carro em seguida
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Uma chacina deixou três mortos na noite deste sábado (29) no bairro do Jaçanã, na zona norte da capital paulista.
Jefferson Martinez Gimenez, 35, Eder Franco de Lima, 34, e Carlos Alberto de Queiroz, 39, morreram após serem baleados por volta das 19h na rua Professor Pereira Reis.
Segundo testemunhas, homens desceram de um Honda Fit, dispararam contra as vítimas e fugiram na sequência.
O Resgate e o Samu foram acionados e constaram a morte dos rapazes no local.
A área passou por perícia, e diversas cápsulas deflagradas foram apreendidas, de acordo com o boletim de ocorrência.
O caso foi registrado no 73º Distrito Policial, no Jaçanã. Foi solicitado o assessoramento do Departamento de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Chacinas
Em 2017, o distrito do Jaçanã ganhou a triste fama de o bairro das chacinas de São Paulo. A região teve taxa de homicídios 77 % maior que o restante da cidade.
No mesmo ano, levantamento inédito feito pela Folha revelou, bairro a bairro e rua a rua, o raio-X das mortes violentas na cidade.
O Jardim São Luís teve uma taxa de 16 mortes por 100 mil habitantes no período levantado, o dobro da média da cidade.
Já bairros centrais como a Sé atingiram taxas que ultrapassam 70 casos por 100 mil habitantes, mas elas não refletem a violência real na região, uma vez que ali há poucos moradores, e o índice não contabiliza a grande população flutuante.
À frente de violentos bairros do extremo sul, ainda apareceu o Jaçanã (zona norte), com 23 mortes por 100 mil.
Violência
As mortes a tiros no Jaçanã ocorrem na mesma semana em que o estado divulgou balanço que aponta que os homicídios atingiram o menor número desde 2002, quando foi iniciada a série histórica.
Em agosto deste ano foram registrados 233 homicídios dolosos. No mesmo mês de 2002, por exemplo, foram 912 assassinatos, número 291% maior.
Com essa redução, a taxa de homicídio no estado chegou ao patamar de 7,4 vítimas para cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2002, o índice era de 33,1.
No país, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as mortes violentas chegaram a 30,8 crimes a cada grupo de 100 mil em 2017 —foram 63.880 pessoas assassinadas nesse período. O índice inclui homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, mortes de policiais em confrontos e mortes decorrentes de intervenções policiais.
Erramos: o texto foi alterado
A reportagem informava incorretamente que o número de homicídios dolosos ocorridos em agosto de 2002 (912) é 75% maior que os ocorridos em agosto deste ano (233). Na verdade, o número de 2002 é 291% maior