Clubes ingleses ampliam hegemonia em número de convocados para a Copa
Mundial também teve incremento de selecionados de times asiáticos
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A hegemonia de jogadores originários dos ricos times ingleses na Copa do Mundo será ampliada na Rússia. Dos 736 atletas convocados para o Mundial (23 por seleção), 124 atuaram na última temporada na Inglaterra, aumento de 8% em relação ao torneio de quatro anos atrás.
A segunda liga com mais jogadores convocados para as seleções no Mundial é a Espanha, que subiu de 64 para 80 jogadores convocados.
Os clubes que disputam o Campeonato Inglês são os que mais cederam jogadores, por exemplo, para a seleção brasileira. Seis no total.
Quatro (Danilo, Fernandinho e Gabriel Jesus, do Manchester City, e Willian, do Chelsea) têm boas chances de começar o torneio como titulares. Outros dois (Ederson, do Manchester City, e Roberto Firmino, do Liverpool) completam a lista do técnico Tite.
Isso sem contar Fred, que jogava na Ucrânia pelo Shakhtar Donetsk e foi contratado nesta terça-feira (5) pelo inglês Manchester United.
Time campeão de convocados, o Manchester City terá 16 jogadores espalhados pelas seleções (ou seja, até atletas que costumam ser reservas estão convocados para Copa).
O Real Madrid é o segundo time com mais atletas selecionados para o Mundial (15), seguido do Barcelona (14). PSG e Tottenham vêm atrás (12).
A relação entre o número de atletas convocados e a riqueza dos clubes parece direta.
Dez dos 20 times de futebol com as maiores receitas do mundo são da Inglaterra, aponta estudo da consultoria Deloitte divulgado em janeiro deste ano.
O Manchester United lidera a lista, com receita anual de 676,3 milhões de euros (cerca de R$ 3,2 bilhões). É mais do que o orçamento anual da cidade de Santos (SP), que possui 435 mil habitantes.
As fontes de receita da equipe inglesa são, pela ordem, comercial (como patrocínios na camisa ou visitas ao estádio); direitos de transmissão da TV; e renda em dia de jogo (tanto venda de ingressos quanto serviços no estádio).
A hegemonia do Campeonato Inglês, porém, não tem refletido em sucesso para a seleção nacional, que é apenas a 13ª no ranking da Fifa, atrás de países como Dinamarca e Peru. O único título do país em Mundiais foi em 1966.
Se analisada a presença dos continentes entre os jogadores convocados, a Ásia se destacou para a Copa da Rússia.
O número de convocados jogando no continente subiu de 90 para 119, deixando a América para trás (que teve queda de 104 para 89) e ficando apenas atrás da Europa (507).
O crescimento asiático foi puxado pelas equipes da Arábia Saudita, que tiveram apenas um convocado há quatro anos e agora contam com 31.
Além de ser a base da seleção saudita, os clubes do país contam também com jogadores convocados pelas seleções do Egito, Tunísia e Austrália.
Uma das últimas grandes contratações para os times da Arábia Saudita foi a do então técnico do Corinthians, Fábio Carille, no mês passado.
O campeão brasileiro receberá cerca de R$ 1 milhão por mês no novo clube.
Os clubes China, que não disputa a Copa, também estão com mais jogadores entre convocados, na comparação com 2014. Subiu de 6 para 8, incluindo um jogador da seleção brasileira, o meia Renato Augusto (Beijing Guoan).