Greve de caminhoneiros já afeta linha de produção de GM e Ford
Distribuição de veículos prontos enfrenta dificuldades, diz General Motors
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A greve dos caminhoneiros, que protestam contra o aumento do preço do óleo diesel, começou a prejudicar a logística do setor automotivo, interrompendo a produção e dificultando a chegada dos carros nas concessionárias e nos portos para exportação.
Segundo apurou a reportagem, quatro fábricas já estão paradas: Gravataí (RS) e São Caetano do Sul (SP), da General Motors, Camaçari (BA), da Ford, e Taubaté (SP), também da Ford. Nas três primeiras, faltam peças para a produção dos veículos, enquanto a unidade de Taubaté (SP) parou porque produz motores e transmissões para Camaçari.
Segundo uma fonte do setor, outra fábrica que pode parar ainda nesta terça-feira (22) ou no máximo na quarta-feira (23), se a greve persistir, é a linha de veículos da Volkswagen também em Taubaté (SP).
“Se a situação não se resolver até o fim desta semana, teremos um problema setorial grave”, disse Antonio Megale, presidente da Anfavea, associação que reúne as montadoras de veículos. Uma trepidação no setor automotivo, que representa 4% do PIB e mais de 20% da indústria, pode ter impacto na retomada da economia brasileira.
Nesta terça-feira (22), os caminhoneiros voltaram a bloquear as rodovias de todo o país pelo segundo dia, com manifestações espalhadas por 23 Estados, contra os preços da gasolina e do óleo diesel, que vem subindo com vigor após a mudança na política da Petrobras.
A estatal, que sofreu pesados prejuízos com o controle de preços no governo Dilma, passou a repassar diariamente as variações do petróleo no mercado externo para os preços internos desde o início da gestão Temer. A situação, no entanto, se agravou recentemente, por conta da guinada do petróleo nas bolsas internacionais.