Descrição de chapéu The New York Times

China se dispõe a investigar possível ataque sônico contra diplomatas dos EUA

Diplomatas americanos no país reclamam de doença após ouvirem sons estranhos

Consulado dos Estados Unidos em Cantão, na China - Sue-Lin Wong/Reuters

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Pequim

O governo chinês afirmou nesta quinta-feira (7) que está disposto a ajudar nas investigações sobre a doença misteriosa que tem afetado diplomatas americanos e seus familiares na cidade de Cantão, no sul do país asiático.

Autoridades americanas têm demonstrado preocupação nos últimos meses que seus diplomatas possam ter sofrido ataques envolvendo sons estranhos que provocam sintomas similares àqueles que acontecem depois de uma concussão ou de uma leve lesão cerebral.

Nesta semana surgiram relatos de pelo menos mais dois novos casos. Em maio, o governo americano havia informado que um funcionário foi diagnosticado com uma lesão cerebral, que pode ter sido causada por “ataques sônicos”.

A chancelaria chinesa afirmou agora que o governo investigou o caso anterior e que não conseguiram descobrir a origem da doença do funcionário americano.

Os sintomas —e sua aparente causa— são muito parecidos com os relatados em 2016 por 24 diplomatas e funcionários que trabalhavam no escritório dos EUA em Havana.

O Departamento de Estado dos EUA não informou quantos dos seus mais de cem funcionários em Cantão deixaram o país. Os diplomatas doentes reclamaram de sons estranhos em seus apartamentos, que não ficam longe do consulado.

Os funcionários americanos retirados da China foram encaminhados para um centro na Universidade da Pensilvânia que também investigou os casos de Cuba.

O governo chinês afirma que não foi informado pelos EUA sobre a mais recente retirada de diplomatas e que, se solicitado, vai investigar o caso novamente.

Os novos casos podem afetar ainda mais as relações entre a China e os EUA, que já estão pressionadas por disputas envolvendo a Coreia do Norte e também o comércio exterior entre as duas potências.

No caso de Cuba, autoridades americanas suspeitavam que China e Rússia (separadamente ou em conjunto) poderiam estar envolvidos no ataque.

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