EUA tiveram interação 'arriscada' com navio de guerra chinês, diz CNN
China afirma que incidente do último domingo prejudica relações sino-americanas
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Um navio da Marinha dos EUA teve uma interação 'arriscada' com um navio de guerra chinês no último domingo, quando a embarcação americana realizava operação próximo às ilhas Spratly.
De acordo com autoridades de Defesa americana nesta terça-feira (2), o navio americano teve de realizar manobras para "impedir uma colisão".
Pequim e Washington estão no meio de uma guerra comercial na qual ambos têm imposto novas rodadas de tarifas sobre as importações da outra parte.
"Um destroier Luyang [da China] se aproximou do USS Decatur de maneira arriscada e não profissional nas proximidades de Gaven Reef, no mar do Sul da China", afirmou o capitão Charles Brown, porta-voz da US Pacific Fleet à CNN.
Brown afirmou que o navio chinês "conduziu uma série de manobras cada vez mais agressivas, acompanhas de alertas para que o Decatur deixasse a área".
Ele acrescentou que o destroier ficou apenas 40 metros de distância do navio americano, que então "manobrou para impedir uma colisão".
"Nossas forças vão continuar a voar, navegar e operar em qualquer lugar permitido pela lei internacional", afirmou.
"Foi muito perigoso. Capitães ficam muito nervosos quando os navios ficam a menos de 900 metros de distância", afirmou Carl Schuster, ex-capitão da Marinha americana com mais de 12 anos de experiência no mar, ainda segundo a CNN.
Nesta terça, a China afirmou que enviou o navio para que alertasse a embarcação americana a deixar a região.
O Ministério da Defesa disse que a China tem soberania indiscutível sobre as ilhas do mar do Sul da China e as águas que as cercam.
"Os EUA repetidamente enviam navios militares sem permissão para mares próximos às ilhas do mar do Sul da China, ameaçando perigosamente a soberania e a segurança da China, prejudicando seriamente as relações militares sino-americanas e a estabilidade e a paz regionais", afirmou.
"A China se opõe resolutamente a isso", disse ainda.
O Ministério do Exterior chinês, em nota separada, pediu que os EUA ponham um fim a tais "ações provocativas" e "corrijam imediatamente seus erros".