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Efetivo de segurança cresce 670% nos Jogos em relação a dias normais

O esquema de segurança nas áreas da Olimpíada e nas vias expressas do Rio terá um contingente que reúne mais de sete vezes o número de homens utilizados pela Polícia Militar em tempos normais.

A multiplicação do efetivo decorre do reforço das Forças Armadas em ações de segurança pública e da Força Nacional de Segurança e no pagamento feito nesta quarta (6) aos policiais civis e militares —o Estado aumentará o contingente de PMs nas ruas remunerando agentes para trabalhar nos dias de folga.

Nas quatro regiões onde ocorrerão competições (Barra, Maracanã, Copacabana e Deodoro), além das vias expressas (linhas Amarela e Vermelha e avenida Brasil), a PM do Rio tem disponível atualmente um efetivo de 6.447 policiais —número do contingente dos batalhões que atendem a essas regiões.

A partir do dia 24 deste mês, quando todo o efetivo do evento já estará disponível, 49.845 agentes, entre militares das Forças Armadas, agentes da Força Nacional de Segurança Pública e homens das polícias Militar e Federal, serão vistos nas ruas ou arenas por onde passarão visitantes e a chamada "família olímpica" (atletas, imprensa, dirigentes, delegações etc).

Não é à toa que o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame tem confidenciado a assessores que a preocupação dele com a violência é para "antes e depois dos Jogos, não durante".

Editoria de arte/Folhapress

PRÁTICA USUAL

O número de agentes de segurança nas ruas é a repetição de uma fórmula colocada em prática desde a Rio-92, o encontro dos chefes de Estado para discutir o clima: alto contingente de policiais e militares nas ruas para inibir qualquer ação da criminalidade nos locais ou em pontos próximos aos eventos. O mesmo ocorreu durante os Jogos Pan-Americanos de 2007.

Em razão disso, as estatísticas apresentam quedas neste período. "Vamos trazer segurança, tranquilidade, visibilidade e assim atender a todos os requisitos que o COI (Comitê Olímpico Internacional) nos delegou executar", afirmou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, no evento que detalhou a presença das Forças Armadas durante a Rio-2016, no Comando Militar do Leste, centro do Rio.

Por não conseguir trazer para o evento os 9.600 homens da Força Nacional -levará apenas 6.000 policiais, sendo mil PMs do Estado de São Paulo-, os responsáveis pela segurança dos Jogos definiram um acréscimo de 3.000 no número de militares que irão para o Rio.

Agora, em vez de 18 mil, 21.845 homens estarão na cidade. De acordo com Jungmann, esse aumento aconteceu a partir do pedido feito pelo governador interino do Rio, Francisco Dornelles (PP).

Além de ocupar estruturas estratégicas, os militares agora estarão em vias expressas de acesso aos locais de competição, além de seis estações de trem, sendo três para o Complexo Esportivo de Deodoro, na zona oeste, e mais três em outro ramal, o do Engenhão, na zona norte, onde haverá provas do atletismo.

"Com relação à segurança pública, os estrangeiros podem vir com absoluta tranquilidade para o Rio", afirma o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes.

Uma empresa privada ainda foi contratada para cuidar da revista de pessoas e bolsas nas entradas das arenas. Serão 2.012 postos de fiscalização. Com essa empresa, espera-se compensar o déficit criado com a redução do efetivo da Força Nacional para os Jogos. O contrato com a empresa é de R$ 17,3 milhões.

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