A Paraolimpíada deixou um buraco de 6 metros de comprimento por 4 metros de largura no meio do gramado do Maracanã. A imagem foi revelado nesta quarta (21) durante um sobrevoo de helicóptero pelo estádio.
O buraco assustou os dirigentes dos clubes cariocas, que pretendem usar o Maracanã ainda neste ano.
Na noite desta quarta, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpico informou que um novo gramado será entregue até o dia 30 de outubro. Nesta data, os organizadores deverão devolver a arena para o Governo do Rio.
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Imagem do buraco de 6 metros de comprimento por 4 metros de largura no meio do gramado do Maracanã |
De acordo com os organizadores, o buraco foi feito para a instalação de um robô, que dançou com a norte-americana Amy Purdy, atleta biamputada do snowboard, na abertura da Paraolimpíada. A dança foi um dos pontos altos da cerimônia. De acordo com o cronograma do comitê, a previsão é de cerca de 35 dias para o campo ter condição de jogo.
Até agora, os times cariocas não sabem quando vão poder utilizar o estádio.
Vice-líder do Campeonato Brasileiro, o Flamengo queria enfrentar o Corinthians, no Maracanã, o que dificilmente conseguirá. A partida está marcada para o dia 23 de outubro.
O clube negocia com parceiros a possibilidade de administrar o tradicional estádio carioca.
O Maracanã foi cedido pelo Governo do Rio ao comitê há cerca de seis meses. Depois de receber o estádio no final de outubro, o governo fluminense vai tentar fazer uma nova licitação.
Nesta terça (20), a Fundação Getúlio Vargas foi contratada para produzir um novo modelo de licitação para a arena.
Em junho, o consórcio que administra o Maracanã enviou uma carta à Secretaria da Casa Civil pedindo uma renegociação do contrato. Até agora, as duas partes não fecharam um acordo.
A concessionária é formada pela Odebrecht (95%) e pela norte-americana AEG (5%).
Em 2013, o consórcio venceu a licitação para explorar o estádio por 35 anos. No acordo, o grupo poderia derrubar o parque aquático e o estádio de atletismo para erguer um centro comercial e estacionamentos.
Logo após, o governo recuou e proibiu a derrubada das instalações esportivas, o que inviabilizou a operação.
Há três anos, o grupo venceu a concorrência oferecendo R$ 5,5 milhões por ano como outorga.