Comentários

Mais resultados: 1 2 3

Comentários de Leonides Justiniano
Em 13/02/2008 22h50
Para fixar conceitos, poderíamos começar, ou retomar o raciocínio, com diz o Capitão Nascimento, em relação ao conceito de estratégia, que, em grego, em latim, em alemão, em francês, em inglês, em espanhol... Significam a arte de escolher os meios mais adequados para se alcançar um objetivo determinado. Estratégia, no Brasil, significa "ficar em cima do muro", fingir que não viu, esquecer o que escreveu ou o que leu, ser cara-de-pau, assumir um cargo com imunidade para fugir da lei, fazer as pessoas se digladiarem sobre assuntos periféricos enquanto os mesmos apenas trocam de lugar ao redor da mesma mesa (do butim!)...
Nossos comentários, nesse espaço, sobretudo os referentes aos últimos escândalos políticos (comentários que passam de muito a caso dos três milhares), são contumazes, trazem esclarecimentos, números que alertam (ou deveriam alertar) o leitor... Todavia, parece-me estar sendo estratégico que, em alguns casos, nós nos voltemos contra nossos pares, motivados por colorações políticas, e não busquemos debelar o inimigo comum: o político corrupto, desonesto (como bem indica Bertold Brecht, em seu poema "O Analfabdeto Político").
Falamos de Partido "A", Partido "B", eles se atracam e se atacam, mas continuam se solidarizando. Sobretudo quando tem de enfrentar a realidade "real", da doença, da morte, do internamento. Aí todos se mostram amigos, entoam loas aos "adversários, mas não inimigos"...
Tem-se a impressão de que tudo, mas tudo, mesmo, faz parte de um jogo!

Em Cartões corporativos
1 opinião
avalie fechar
Em 06/02/2008 11h09
Para aumentar nossa indignação, a partir da "farra do boi" que representam os cartões corporativos, gentilmente cedidos pelo governo.
Veja-se o caso Projeto de Lei n.º 5476/2001, que modifica a Lei 9.472/97. Esse PL (Projeto de Lei) visa à extinção da tarifa dos serviços de telefonia, dispondo que os consumidores paguem, apenas, pelas ligações que efetuar, e pelo tempo que as efetuar. Se virem a história desse PL (que pode ser acompanhada pelo endereço http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=34235) notarão que após uma longa jornada, com emenda daqui e de lá, após 60 passagens por Mesas e Comissões, o projeto foi ARQUIVADO em 31/01/2007. É certo que já em 07/02/2007 foi requerido o desarquivamento do PL. Mas, quem está divulgando essa luta? Quem está mobilizando a população para que essa taxa deixe de ser cobrada?
É que dessas e outras "contribuições" (tributos) é que saem o estofo para forrar o leito esplêndido sobre o qual jazem governantes e apaniguados. "Eu permito a cobrança da taxa, aqui; permito a implantação desse serviço, ali; aquela fusão, acolá... E vocês me dão algum por baixo, ou por cima!!"
E depois vêm alguns arrogar o espírito republicano. Há que se discutir o que entendem por "res publica". Deixar o público ao rés do chão, ou entender que o governo é "coisa do povo", do cidadão?
Como diria "São Nascimento": quando ouço falar em espírito republicano, a vontade é sair...
Menos discursos e mais seriedade. é o mínimo a se exigir.

Em Josias: Para Lula, Renan perdeu a capacidade de comando
9 opiniões
avalie fechar
Em 06/02/2008 10h49
O que mais comove, em todos os casos de escândalo, é a tentativa de correção do fato pelo seu suposto encobertamento. O crime, dizem alguns, não está no ato em si, mas na divulgação do mesmo. Aliás, é esse tipo de raciocínio que inspira grandes crimes e saques contra a população. Que se suspeite é uma coisa, mas que se tenham provas, é outro. Os escândalos de "mensalão", "valeriodutos", "propinodutos", "azeredoduto", e outros, caem ante as palavras que os negam: "Não vi!" "Não sei!" "Não conhece!" Nem a acareação se torna uma técnica séria de investigação, em casos em que o cinismo é tônica. Agora, quando os fatos são cristalizados em dados eletrônicos, derivados diretamente do registro inerente à utilização de um produto ou serviço (no caso, cartões de crédito corporativos), aí não dá para fingir - é quando, então, aqueles apanhados com a mão na massa, com a boca na botija, voltam-se para os agentes de divulgação. Não dá para fingir que não sabia e que não fez.
Alegar que confundiu cartões durante o uso? Afirmar que usou cartão em butiques ou joalherias porque saiu de casa sem dinheiro, ou cheque, ou cartão de crédito pessoal? Mas quem de nós faz isso (nós, pobres mortais)? Só o fato de agir assim revela a premeditação.
Além do mais, cartão de crédito... Crédito de quê? Crédito de quem? O governo brasileiro é um banco, para liberar cartões de crédito? Talvez seja uma compensação pelos inúmeros "vales" e "bolsas" concedidos a nós, a "plebe". Pão e circo, companheiros!!

Em Josias: Para Lula, Renan perdeu a capacidade de comando
4 opiniões
avalie fechar
Em 28/11/2007 09h18
CONTINUAÇÃO
... aí estão os estádios ruindo, mesmo após vários relatórios denunciando a situação precária e de risco; aí estão leite com água oxigenada e soda cáustica e queijos com validade vencida reaproveitados; aí estão crianças sem escola, sem merenda, sem perspectivas; aí estão... aí estão!!
E, onde, as manifestações? E, onde, a indignação? E, onde, as resoluções dos problemas?
Claro que não se pode aceitar discriminação de qualquer hipóteses, sobre o que quer que seja. Talvez seja a forma como se informa a verdade que agrida. É possível. Assim, como nos sentimos agradidos quand falam que o Brasil tem alto índice de corrupção. Ou quando a Anistia afirma que o Brasil viola, sistematicamente, os direitos humanos. Bem, talvez, aqui, o "sistematicamente" seja um excesso...
Mas a indignação deve levar a uma revisão dos valores ou, ao menos, a uma consideração dos fatores que causaram a indignação.
Talvez a compreensão do que o Jô transmitiu em seu programa tenha laivos de preconceito e discriminação, para alguns. Isso deve ser enfrentado. Mas deve servir de estímulo para que outras coisas, de nossa cultura, também sejam revistas, que passem a causar, no mínimo, constrangimento - como o fato de as mulheres receberem menos do que os homens e os negros menos do que os brancos; ou o fato de cinco Estados encarcerarem mulheres junto com homens; ou... (Favor completar a lista).

Em Ministério Público Federal investiga programa de Jô Soares
sem opinião
avalie fechar
Em 28/11/2007 09h08
Torno a comentar o assunto por uma questão de indignação - pessoal e nacional.
Enquanto assistimos à "cruzada" contra a discriminação praticada por um apresentador (pode ser o Jô, ou João Gordo, ou Otávio Mesquita, ou Amaury Júnior) - que é, sim, um formador de opinião e, portanto, deve ser responsabilizado pelo que diz e/ou insinua -outros fatos devem nos comover, também.
Quantas vezes, jornais internacionais, ou, mesmo relatórios de organismos internacionais afirmam que o Brasil é racista, que desrespeita os direitos humanos, que pratica tortura, que tem trabalho escravo, que explora a prostituição infantil, que explora o trabalho infantil, que violenta sistematicamente as mulheres, que possui das maiores desigualdades socioeconômicas do mundo... Ficamos indignados com isso?
As autoridades, quase sempre, sim!
Só que isso não muda um "R" da Realidade!! A indignação, muitas vezes, é por terem tirado "de sobre a nudez crua da realidade, o manto diáfano da fantasia" (diríamos, parodiando Eça de Queiroz).
Aí está a adolescente L., de 15 anos, violentada a troco de comida; aí estão os mendigos incendiados; aí estão as crianças no sisal; aí estão os jovens (e adultos) morrendo de trabalhar nas plantações de cana; aí estão os habitantes e sobreviventes dos lixões; aí estão os encarcerados inocentemente; aí estão os aviões caindo ao longo do caos aéreo; aí estão as jogatinas políticas de mensalões, mensalinhos, acórdãos, CPIs inócuas; (continua)

Em Ministério Público Federal investiga programa de Jô Soares
61 opiniões
avalie fechar
Em 26/11/2007 22h31
Existe o certo? Existe o errado? Quando já não somos capazes de ter uma noção clara sobre o humanamente prejudicial e indigno e aquilo que o engrandece, enquanto ser, enquanto espécie, aí está o indício de que se beira a crise ética.
É certo que afrontarmos culturas diversas, quando a tônica é a promoção da igualdade pelo respeito à diversidade, a inclusão do Outro em um movimento de respeito multicultural... Isso é, no mínimo, um contra-senso. Mas também o é, simplesmente darmos de ombros e dizermos que cada grupo tem sua moral, sua ética e que, portanto, o que uma sociedade julga certo, é certo, e os demais têm de acatar.
Se for assim, não há o que recriminar em uma sociedade (e sua cultura, e seus valores) que exalta o martírio - seu e dos outros, no caso de grupos terroristas. É só dar de ombros e deixar que se explodam entre si - literalmente. Desde que não invadam nosso chão.
Esse pensamento relativista, permissivo, excessivamente tolerante, não é capaz de perceber que é submisso.
Seu oposto é o pensamento dogmático, que não aceita discussões de pontos-de-vistas diversos. Engraçado é que se pode ser dogmático, inclusive, defendendo o relativismo.
Independente de qual seja o povo cuja cultura se discute, a discussão primeira deve ser a respeito de quais são os valores que tornam o ser humano mais humano, e que devem embasar uma cultura da paz. Será ético/moral que muheres sejam apedrejadas por terem sido violentadas? Ou mutilar meninas, apenas por serem meninas?

Em Ministério Público Federal investiga programa de Jô Soares
15 opiniões
avalie fechar
Em 29/10/2007 19h40
Às vezes, a gente não acredita muito no que ouve, mas os fatos, por si, insistem até conseguirem manter em pé o ditado: "Onde há fumaça, há fogo!"
Há algum tempo, durante uma viagem, passando perto de uma grande laticínio, a pessoa que estava ao meu lado afirmou ter trabalhado no transporte de leite daquela empresa. Entre um e outro ponto, ele destacou que era comum os caminhões serem parados para que a carga recebesse um tratamento que garantisse a "qualidade". O tratamento consistia na tal soda cáustica e outros que tais.
No momento não acreditei, mas ele explicou como as coisas funcionavam. Inclusive, com a afirmação de que, tirando a embalagem, leite tipo "A", "B" e "C" são a mesma "porcaria".
Falou, inclusive, sobre o preparo do queijo mussarela e sua "recuperação".
Quando aquele senhor se foi, julguei melhor pensar em outra coisa. Pois bem... E agora bem ao ar as denúncias. Senti um eco das palavras do companheiro de viagem - eu, viciado em leite. Será que "soda cáustica" cria dependência? Se não, deve provocar embotamento do cérebro ou do caráter dos produtores e distribuidores.
Aliás, o que está por trás de tudo é a corrupção: nas ONGs, nas entidades fiscalizadoras ou reguladoras (IBAMA, FUNASA, SIF, INMETRO...). É tudo adulterado: combustível, alimento, leite...
Ah! Agora que foi feita a denúncia vão atrás... Mas não deviam fiscalizar sempre. Não têm agentes? Corte mordomias dos políticos que sobra dinheiro. Apliquem adequadamente impostos e CPMF, ao menos...

Em Leite adulterado
6 opiniões
avalie fechar
Em 23/10/2007 17h07
Antes de qualquer coisa, uma indagação geral: estão surpresos pelo arquivamento de uma representação e o sobrestamento de outra? Pois esses são apenas os indícios do que vem por aí!
E o Brasil sentado, assistindo e apostando: "Eles vão aprontar mais uma? Qual? Quando?"
Ainda bem que a sociedade está organizada, com manifestações em cada esquina, apulpos, protestos, mobilizações de classes e representantes de categorias... Enfim, esse é o cenário em que a cidadania brilha...
Quem trabalha na educação, educação de crianças, adolescentes, jovens... educação, enfim, indaga-se: que posso exigir desses aqui? Ética? Moral? Honestidade? Como exigir postura ética e moralidade de um jovem se os que estão dando exemplos de ignomínia são distintos senhores grisalhos, avôs, não raro...?
E em qualquer nível. Como cobrar um trabalho original de um estudante se temos conhecimento de responsáveis por organização de concursos que plagiam artigos? Como investir contra as pequenas trasgressões do dia-a-dia, se assistimos ocupantes dos mais elevados cargos do judiciário em relações promiscuas com criminosos da mais alta periculosidade e perniciosidade?
Acordos, acórdão, arranjos... Tudo em nome de apenas uma coisa: PODER!! Quanto ao povo... Bem, o povo já tem muito com que se preocupar, buscando sobreviver e pagar impostos e, por isso, não dá mais para perder tempo se indagando: já tem a resposta, a certeza, de que muitos políticos não são confiáveis; não são, sequer, dignos de desprezo.

Em Caso Renan
1 opinião
avalie fechar
Em 22/10/2007 19h12
PORQUE PODE!! PORQUE SIM!! Esse deve ser o título a abrir todos os noticiários em que se façam referências a "supostos" escândalos envolvendo políticos. Não adianta ficar com raiva, espernear, rasgar as vestes porque tudo, ou quase sempre tudo, o que os políticos e seus asseclas fazem está em conformidade com a lei. E ponto!´
Tirar licença para escapar de investigação? Sim, pode!
Faltar e não ter desconto do salário? Sim, pode!
Receber verba indenizatória ou para auxiliar na moradia? Sim, pode!
Ter foro privilegiado, mesmo para refugirar-se de crimes comuns? Sim, pode!
Aumentar o próprio salário acima do índice da inflação? Sim, pode!
E sabe por quê? Porque existe lei que permite. Leis, aliás; e leis que eles mesmos sancionaram em benefício próprio. Mas, se é lei, então pode.
A solução é mudar aqueles que fazem as leis, colocando legítimos representantes do povo - mas, povo consciente - de forma que as leis reflitam não, simplesmente, o desejo de privilégios de um ou outro, mas os fundamentos de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
À medida que se aproxima o ano eleitoral é bom irmos nos acostumando com falcatruas, contorcionismos políticos e legais.
E tudo isso, com já afirmado, dentro da legalidade. Tudo porque PODE!!

Em Caso Renan
41 opiniões
avalie fechar
Em 20/10/2007 18h12
A verdade, de há muito que deixou de ser uma virtude, ou um pressuposto para fundamentar a crença no discurso de pessoas investidas de poder.
Senão, vejamos.
Para qual finalidade foi criada a CPMF? Claro, para cobrir o "rombo" do INSS. Não tinha nada a ver com Bolsa "isso" ou "aquilo". O fato de, agora, vincularem CPMF e Bolsa "isso" ou "aquilo" é uma - para dizer o míniomo - "maldade" política: querem indispor os beneficiários desses Programas contra aqueles que votarem contra uma medida "provisória" que foi estabelecida ou impingida com outra finalidade. Isso é um disparate, mas daqueles que, possivelmente, os beneficiários, sempre vítimas, sempre usados, desconheçam.
Precisamos, sim, de medidas que melhorem a situação dos esfaimados, dos descamisados, dos desafortunados. Mas isso exige responsabilidade fiscal, aplicação correta de verbas nas respectivas áreas, controle de fraudes, transparência nos gastos.
Quer dizer que se não houvesse CPMF não teriam criado Bolsa Família? Mais respeito para com o contribuinte!!
E por que não destinam ao Bolsa Família os recursos do Fome Zero? Por que o Brasil está com grande percentual de sua população acima do peso e o programa não decolou, com prédios alugados desocupados?
Mas, e aqueles que criaram a CPMF e agora são contra a mesma... Isso é sério? E aqueles que lutam para prorrogá-la (presidente e asseclas) e eram, antes, contrários à mesma? Desculpem-me as pessoas com deficiência, mas, esses, são cegos, míopes?? São políticos!

Em Prorrogação da CPMF
6 opiniões
avalie fechar
Em 14/10/2007 09h18
De fato, a fidelidade partidária é um avanço, mas não basta. Mais: retomar e fazer valer o princípio da fidelidade partidária é o óbvio, enquanto vigir o princípio do voto coligado, da legenda. Basta lembrar o caso pretérito do PRONA, quando o Enéias "guindou" à Casa das Leis uma meia dúzia de desconhecidos que, tão logo, tiveram seus mandatos garantidos por votos que não lhes eram dirigidos, pularam de galho - para partidos de "maior visibilidade"!!
Mas são necessárias mais coisas, além do óbvio. O voto distrital, por exemplo. Essa seria uma medida de garantir representatividade e proximidade, de forma a que a pessoa, o eleitor, o cidadão, pudesse saber de quem e onde cobrar seus direitos. Hoje, vivemos em regiões que enfiaram milhares de votos em candidatos que sequer pisaram o local que lhes garantiram a eleição. É claro que muitos políticos afirmam que voto distrital é uma limitação à democracia. Assim como fidelidade partidária é limitação à democracia e à liberdade de consciência, afirmam. Ora... Democracia é um processo, mais que um mero resultado! Democrático é o jogo em si e o conhecimento e respeito às regras desse jogo. Se sabemos que existe fidelidade partidária, isso é regra do jogo, não afronta à democracia e liberdade de consciência.
Mas, precisa mais: precisa de redução da imunidade parlamentar a assuntos parlamentares, voto facultativo, controle dos financiamentos de campanha... Enfim, o caminho é longo. Mas caminhar é preciso!!

Em Troca-troca partidário
20 opiniões
avalie fechar
Em 09/10/2007 17h14
De tempos em tempos a história se repete, apesar de a memória ser seletiva. Ñão vai longe o momento em que foram pilhados, em um hotel de São Paulo, pessoas, malas de dinheiro e suposto dossiê encomendado por um grupo político com a finalidade de comprometer - ou enfraquecer - outro. Não eram míseros reais, mas milhares, milhões.
Havia imagens, pessoas... Que resultou de tudo?
Nada! Além da alegação do suposto beneficiado de que tudo não passava de invenção ou, quando muito, de armação autônoma, sem sua anuência ou conhecimento, de um "bando de aloprados".
O fim da história não é de todo desconhecido: ninguém viu, ninguém falou nada, ninguém sabe de onde veio o dinheiro, ninguém foi culpabilizado!
A história se repete! Aliás, já dizia o santo padroeiro, Marx!
A primeira vez como tragédia, a segunda como comédia, a terceira como esquecimento, a quarta como engodo, a quinta como vigarice, a sexta... E a história, por se repetir, não tem fim - ao contrário do que profetizava Francis Fukuyama!
E aí, pergunta-se, quem representa o quê ou quem? Como bem indicou um comentarista deste espaço - mjuitos dos auto-intitulados representantes do povo sequer foram eleitos (eram suplentes).
E isso é mais uma piada: em qualquer competição democrática, quando o vencedor é impedido ou o que quer que seja, quem assume é o segundo colocado. Mas, na política...

Em Caso Renan
7 opiniões
avalie fechar
Em 08/10/2007 17h23
Diz o pensamento: "Na guerra, a primeira vítima é sempre a verdade!" E assim tem sido, sistematicamente, nessa história, nessa guerra política que enreda o Brasil há meses. O que predomina é a sandice, a insensatez para com o Povo. Mais que isso, é a desfaçatez! Alguém afirma: isso não é do meu caráter! E pronto! É a senha para continuar a agir como quer.
Afirmar que existe um código, um conjunto de leis no Senado ou em qualquer outra Casa, e que isso só bastaria para impedir a prática de qualquer transgressão é o mesmo que afirmar que o crime não existe porque temos o código penal. Se todos sabemos que é pelo conteúdo dos códigos que somos levados a supor as condutas praticadas - e que os códigos tentam reprimir. Aliás, se o tal código das Casas for revelado e lá estiver escrito que o servidor não pode aceitar propina, isso é um indício de que tal prática não é incomum, e por isso precisou ser tipificada com "crime" ou transgressão.
Mas, aqui, as coisas caminham por outra via. Os movimentos de cidadania estão interessados em reverter privatizações. Coisa necessária, sim, mas que é secundária, se não pudermos confiar nos gestores da coisa pública, os quais poderão se locupletar com os rendimentos de estatais - como parece estar acontecendo.
Infelizmente, o que se assiste é a confirmação do escrito por Camus, há décadas: "Quando o crime se reveste dos ares da inocência, é esta (a inocência), quem é chamada a se justificar."

Em Caso Renan
4 opiniões
avalie fechar
Em 26/09/2007 11h13
A violência, de tão banalizada, nem comove mais. Precisamos chegar a situações limites, para que alguns dos responsáveis - entenda-se, poder público, políticos - últimos se dêem conta de que "há algo errado no paraíso", e é muito mais que uma mera contradição, ou uma dialética, um posicionamento "esquerda x direita". é uma nação que está perdendo, não o partido "A" ou "B".
Falam que a causa da violência é a pobreza. Digo de outra forma: a causa da violência é a injustiça, e não se deve esquecer que a distribuição de renda é injusta, nesse país.
O caso dessa mãe é exemplar: ela tem 31 anos, e os filhos tem 16 , 14 (morto), 13 (morto), 4 e 3 (com estrabismo, cega de um olho, problemas de locomoção). Sabe-se que a gravidez na adolescência, em geral, pode conduzir à geração de crianças com mais propensão de serem vitimadas e vitimizadas, mas se todas as pessoas relegadas à miséria, o Brasil, por suas dimensões e desigualdades, era para ser o país com o maior número de criminosos do mundo. Não é o que ocorre, felizmente (ou infelizmente?): os crimes são de grande monta, mas quem os pratica são uma minoria de privilegiados. Sim, pois mesmo no submundo existem os privilegiados, aqueles que têm o poder de mandar outro morrer por si.
Mas os piores são aqueles que permanecem impunes e forjam a impunidade dos demais, como é os produzem relatórios em CPIs inocentando ou eximindo de responsabilidade quem deveria ser chamado às barras da lei.
Enquanto isso, nas "cantareiras da vida"...

Em Violência em SP
9 opiniões
avalie fechar
Em 25/09/2007 18h07
Independentemente de quem esteja sendo julgado, ou qual seja a causa que tramite em um Conselho de Ética, algumas reflexões se impõem. Antes de mais nada, um conselho, como o próprio termo refere, é uma junta de pares com a obrigação de amparar, da melhor maneira possível, decisões daqueles que estão em posição de definir rumos - institucionais ou pessoais.
Em geral, um conselho de ética deve, sim, preservar seus membros da pressão daqueles que podem usar da força de serem maioria para exigir desforra, mais que justiça. É o que se vê em conselhos de ética de empresas, autarquias, partidos políticos, instituições de ensino...
No caso dos Conselhos de Ética políticos, porém, existe uma implicação: aqueles que ocupam as cadeiras de conselheiros têm um compromisso com sua consciência e com aqueles que vão "julgar"; mas têm, igualmente - talvez, primeiramente, um compromisso visceral para com aqueles que os elegeram - pois foram estes que lhes deram a investidura representativa que lhes permitiu, inclusive, chegar ao posto de "juiz de seus pares".
Nesse caso específico, um dilema se impõem: a quem os representantes do povo representam, quando assumem seus cargos? Se argumentam que precisam se ausentar de Brasília para, constantemente, manter contato com suas bases, por que não expressar a vontade dessas bases, quando nas votações?
Algumas decisões são cruciais, mas exigem que o político honesto as tome e assuma que assim o fez, mesmo às custas de próximas eleições.

Em Caso Renan
sem opinião
avalie fechar
Em 12/09/2007 17h44
Chega-se a um ponto em que o questionamento não é nem sobre quem votou de que lado... É sobre quem até mesmo deixou de votar para "A" ou "B", ainda que sob a capa do anonimato de uma votação secreta em sessão fechada. Ou mudam-se as regras ou vamos continuar a "não" assistir àquilo que fazem ou deixam de fazer os representantes de si mesmos, que se arrogam o título de representantes do povo.
E os outros três processos? Se a questão eram as provas, os outros processos até que podem ter mais cadáveres dentro do armário, mas não se pode esquecer dos seguranças postados junto à porta.
Nem dos seguranças postados do lado de dentro das portas que velam pela imunidade, pela impunidade, pelo anonimato, pelo descaso...
Daqui a pouco mais de um ano, eleições!!

Em Caso Renan
1 opinião
avalie fechar
Em 12/09/2007 12h38
Concordo com aqueles que indagam sobre a efetiva participação da sociedade nos rumos que as coisas estão tomando. "Caras pintadas" e outras organizações simplesmente se fazem de cegos, surdos e mudos. Alguma razão? Alguns segmentos fazem manifestação pró-aborto, reestatização, propostas de mudança disso e daquilo, "esquecendo-se" de quem cria e vota as leis. A moralização e a discussão da reforma política é prioritária, atualmente. Somos obrigados a votar, mas não temos o direito de saber como nossos representantes estão votando sobre questões cruciais como um posicionamento ético. É certo que aquele que está sendo julgado talvez não seja pior que seus juízes. Mais uma razão para se levar avante uma reforma política séria.

Em Caso Renan
15 opiniões
avalie fechar
Termos e condições

Mais resultados: 1 2 3

FolhaShop

Digite produto
ou marca