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'Xerife' Tuma exagera e dispara promessas

Rodrigo Zavala
Equipe GD

O candidato 'xerife' à prefeitura de São Paulo, senador Romeu Tuma (PFL), está fazendo muitas promessas no horário eleitoral. Entretanto, em nenhuma de suas 'estilingadas', Tuma apresentou o custo da implementação dos programas.

Além de prometer criar, se eleito, um novo convênio médico municipal, o Plano São Paulo de Saúde, com as verbas remanejadas do PAS (Plano de Atendimento à Saúde), implantado na gestão do ex-prefeito Paulo Maluf, Tuma pretende também implementar controle de táxis por satélite e a construção de 100 mil poços artesianos.

O gatilho eleitoral do candidato provoca dúvidas até no marqueteiro de sua campanha, Marco Antonio Rocha. Ao ser questionado pela reportagem do Jornal da Tarde, dia 29 de agosto, Rocha não soube dizer se o Plano de Saúde contaria com repasses do SUS (Sistema Único de Saúde) do governo federal. O PAS criado por Maluf não recebe recursos federais e Rocha desconhece os custos do programa.

Já para a promessa de implementação do sistema de controle de táxis via satélite - feita para 250 taxistas, que participaram de um churrasco com o candidato - Tuma não explicou quem arcaria com os custos dos equipamentos. O projeto dará, se realizado, mais segurança aos taxistas, que serão monitorados pela Guarda Civil Metropolitana (CGM).

Outra proposta incipiente é a construção de 100 mil poços artesianos para combater o problema de racionamento de água. Segundo o representante da Diretoria de Águas Subterrâneas do DAE (Departamento de Água e Esgoto) de São Paulo, Salomão Szulnan, cada poço tem um custo aproximado de R$30 mil para atender 40 famílias. Ou seja, a água chegaria às famílias a um custo de R$ 7,5 mil por pessoa. *

Além disso, a obra só pode ser elaborada com um laudo geológico avaliando as condições dos locais a serem perfurados.

Vale lembrar que Pitta pretende deixar para próximo prefeito uma herança de R$ 16 bilhões
referentes a dívidas contratuais e mobiliarias.

*considerando uma média de quatro pessoas por família

 

 

 
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Prefeito decide cercar cidade em São Paulo

O prefeito de Iracemápolis (164 km de São Paulo), Cláudio Cosenza (PMDB), está transformando a cidade numa espécie de "condomínio" fechado. Ele pretende isolar todo o perímetro urbano com 8.700 metros de alambrado.

O projeto prevê ainda a instalação de três portais nas principais entradas da cidade, equipados com câmeras de vídeo. Guardas municipais armados ficarão guardando os portais.

O alambrado, que tem 2,5 metros de altura, contorna o perímetro urbano da cidade, passando pela rodovia SP-151, que liga Iracemápolis a Rio Claro. A rodovia SP-151 limita a região norte da cidade com a zona rural.

Segundo o engenheiro civil responsável pelo projeto, Paulo César Demarchi, só não vai haver alambrado no trecho limite com a usina Iracema, onde já existe uma cerca.

A prefeitura já gastou R$ 20 mil na primeira etapa da obra, que inclui 1.100 metros de alambrado. O projeto total custará R$ 300 mil e será concluído em seis meses.

Os primeiros 500 metros de cerca já foram colocados entre a rodovia SP-151 e um bairro de classe média da cidade, o Parque Cezarino Borba. Nesse bairro, aconteceu o único roubo da cidade, registrado no mês de julho.

Segundo dados da Polícia Civil, foram registrados sete roubos de janeiro até julho deste ano. A média é de um roubo por mês.

Segundo o prefeito, a medida visa proteger da violência os 16 mil habitantes. "Pretendo transformar a cidade num condomínio fechado", disse Cosenza.

O monitoramento de pessoas por meio câmeras de vídeo e cercas às margens das rodovias não são inconstitucionais, segundo o integrante do Centro de Estudos Monsenhor Salim da Faculdade de Direito da PUC-Campinas Octávio Miranda Junqueira.

Segundo Demarchi, os portais serão equipados com pelo menos duas câmeras de vídeo e um circuito ligado com a Polícia Militar.

O prefeito é candidato à reeleição e acredita que, mesmo que não seja eleito, o novo chefe do Executivo deve dar continuação à proposta. A lei não proíbe os alambrados, guaritas e câmeras. Porém, o artigo 5º, inciso XV, da Constituição Federal, proíbe o constrangimento de quem tente entrar na cidade.

O aposentado José da Silva, 63, disse ter gostado da iniciativa, pois foi alvo de um assalto no mês passado. ""Tenho medo de assalto. Isso não vai resolver os problemas da violência, mas vai dificultar."

(Ana Paula Margarido - Folha de S.Paulo)

 

 
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