Levantamento do Ibope Pesquisa divulgado hoje mostra que 70%
dos brasileiros estão satisfeitos com a qualidade do
ensino no País. Os dados foram apresentados em São
Paulo durante o lançamento do projeto Educar para Crescer,
com a presença do ministro da Educação,
Fernando Haddad, do presidente da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
Paulo Skaf, e representantes do setor educacional.
Para a ex-secretária de Cultura do Estado de São
Paulo e encarregada de apresentar a pesquisa, Claudia Costin,
essa satisfação é fruto do desconhecimento
da população em relação aos principais
problemas da educação.
Apesar disso, 63% da população não faz
nada pela educação, ou seja, não chama
para si a responsabilidade pela qualidade do ensino no País
e tampouco participa da sua melhoria ou se sente motivado
a contribuir. O estudo indica ainda que, para 68% dos entrevistados,
a educação é de total responsabilidade
dos governantes. Segundo o levantamento, 70% dos brasileiros
não fazem idéia do que seu prefeito está
fazendo pela educação do município. E
embora 69% apontem o tema como um dos principais setores nos
quais o governo deveria investir, só 1% considera as
propostas de educação dos políticos na
hora de votar.
Os brasileiros também estão satisfeitos com
a escola dos seus filhos e dão nota 7 para os estabelecimentos
de ensino, em média, avaliando-se a escola pública
e a privada. Apenas 9% deram nota inferior a 5. A população
acha que nosso Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb) é de 5,5. A estimativa é
de que essa média seja alcançada somente em
2017. A média atual é de 4,2.
Quase 90% dos entrevistados colocam a educação
em 5º lugar na lista dos principais problemas do País,
atrás de segurança (com 30% das menções),
atuação dos governantes (17%), trabalho (13%)
e saúde (11%). O Ibope questionou quais são
os objetivos mais importantes para se obter educação
básica de boa qualidade. As alternativas mais apontadas
foram ensinar adequadamente as matérias (31%), oferecer
perspectiva de realização profissional (24%),
assegurar igualdade de oportunidade (19%) e formar cidadãos
críticos e conscientes (18%).
Entre as medidas que deveriam ser tomadas pelos governantes,
duas tiveram se destacaram na opinião dos entrevistados:
melhorar o salário (46%) e a capacitação
dos professores (37%). Foram entrevistados 1.000 homens e
mulheres, de 16 anos a 69 anos, de todas as classes sociais
e residentes de nove regiões metropolitanas: Salvador,
Fortaleza, Recife, Distrito Federal, Curitiba, Porto Alegre,
Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.
Agência
Estado
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