Marina
Rosenfeld
Karina Costa (colaboração)
especial para o GD
Sempre se imaginou que as diferenças salariais numa
mesma região estão atreladas ao nível
de escolaridade, gênero, idade, setor de atividade e
ocupação. Mas uma pesquisa acaba de desmistificar
essa idéia, ao mostrar que as diferenças estão
nas habilidades de cada um.
Iniciativa, talento e motivação individuais,
mais que escolaridade, idade ou gênero são fatores
importantes que influem na diferença entre salários
dentro de uma mesma região, setor econômico ou
ocupação. A conclusão é da tese
de doutorado do economista Ricardo Freguglia, defendida na
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
(FEA) da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com o estudo, essas habilidades individuais explicam
70% das diferenças salariais no âmbito regional
(comparação entre regiões diferentes
do país), 83% no contexto setorial (dentro de uma mesma
atividade econômica) e 88% no ocupacional (em cargos
ou funções semelhantes).
O estudo surgiu porque Freguglia acreditava que os fatores
usados para justificar a desigualdade de renda não
eram suficientes para explicar o fenômeno das diferenças
regionais de salário. Por isso, o economista propôs
incluir no levantamento características não-mensuráveis
e calcular o impacto desses fatores nas diferenças
salariais entre os estados, setores econômicos e ocupações.
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