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08/07/2005
A Avenida mais famosa de São Paulo registra 21 meses sem homicídios

 

As parcerias firmadas entre polícia e comunidade não acontecem apenas em bairros da periferia de São Paulo. Em área considerada como uma das mais nobres da Capital, policiais e empresários da região da Avenida Paulista apostaram nessa idéia e os resultados comprovam o sucesso da iniciativa.

Na Avenida Paulista os crimes contra o patrimônio tiveram quedas expressivas. Na comparação entre janeiro a maio desde ano com o mesmo período de 2004, os casos de roubos caíram 79%. Foram 48 ocorrências nos cinco primeiros meses do ano passado ante 10 registradas até maio de 2005.

As ocorrências de roubo a transeunte também diminuíram. De acordo com levantamento realizado por meio do Infocrim, esse tipo de crime caiu 82% na Avenida Paulista. De 107 casos registrados entre janeiro a maio de 2004 para 19 ocorridos no mesmo período deste ano. Ou seja, 88 pessoas deixaram de ser assaltadas.


Há 21 meses sem homicídios
Nos casos de homicídios ocorridos na Paulista, os números são reduzidos. Segundo dados do Infocrim, desde outubro de 2003 não há registro desse tipo de crime na Avenida.


Veja a versão da polícia para esse fenômeno

Parcerias da polícia com a iniciativa privada
“Temos parceria com o Governo do Estado. Nossos planos são de chegar à meta de 200 supedâneos em pontos estratégicos”, diz Nelson Baeta Neves, presidente da Associação Paulista Viva, organização não-governamental criada no final da década de 80 por um grupo de empresário, que se organizou com o objetivo de preservar a Avenida.

“O aumento da segurança na Avenida Paulista beneficia a todos, não só os moradores. Isto porque apenas 5% da população que circula na Paulista é de moradores. Mais de 1,5 milhão de pessoas circulam por dia, oriundas de toda a metrópole. São estudantes, turistas, famílias. Fora a facilidade de transporte, e as opções de teatros e cinemas”, completa.

Segundo Baeta, os supedâneos auxiliaram na redução de irregularidade no trânsito. “Com os policiais fiscalizando, os motoristas passaram a dirigir mais cautelosamente”.

Em uma avenida em que passam por dia aproximadamente 90 mil carros, não termos nenhum acidente é algo impressionante. O policiamento comunitário ostensivo dá a sensação de segurança”, analisa.

Baeta encara a criminalidade como um problema social. “É necessário um engajamento social, um comprometimento também do cidadão. A sociedade civil pode e deve ajudar mais do que qualquer órgão”, diz.

Policiamentos na região da Avenida Paulista
O 7º Batalhão o 11º BPM/M realizam policiamento integrado e a pé com mais de 120 policiais, além de trailers e Bases Móveis (no total, são oito trailers e oito Bases Móveis).

Especialmente projetados para a Polícia Militar de São Paulo, os trailers e as BCM são utilizados como bases comunitárias semi-fixas, colaborando para a redução da criminalidade e aproximando a PM da comunidade. O trailer foi implantado como projeto-piloto no Vale do Anhangabaú, em setembro de 2002.

Cada trailer é acompanhado por 2 bicicletas, 2 motos e uma viatura Blazer. Um efetivo de 10 policiais (por turno de 12 horas), sendo 2 para as bicicletas, 2 para as motos, 2 para a viaturas, 2 fixos na base e 2 circulando a pé, reforçando a segurança num raio de até 600 metros do local onde está instalado.

A principal vantagem do equipamento é a mobilidade, pois a base permanece fixa em um ponto de policiamento determinado, enquanto a viatura faz as rondas locais, podendo até mesmo realizar uma perseguição se necessário.

Bases Comunitárias de Segurança
As Bases Comunitárias de Segurança (BCS) são consideradas as células do Policiamento Comunitário, que tem o objetivo de atender a comunidade local, tornando-se um referencial, integrando e concentrando as demais atividades policiais. Na Avenida Paulista, a Base Comunitária conta com oito policiais. Um deles é o soldado Emanuel Ribeiro dos Santos.

Trabalhando há 17 anos na Paulista, ele acumula muitas histórias de atendimentos realizados que vão desde ações policiais a socorros médicos. Segundo ele, há cerca de dois meses, um senhor de aproximadamente 50 anos subia a Rua Augusta em direção a Base Comunitária de Segurança com fortes dores no peito. Foi socorrido prontamente pelos policiais até o Hospital das Clínicas, onde ficou internado por duas semanas. Após a internação, retornou à Base para agradecer.

“Ele não sabia o que fazer para nos agradecer. Queria ligar para a Companhia nos elogiando e dizer que só estava vivo graças ao socorro prestado. Estava muito satisfeito”, conta o soldado Santos.

Rocam
O Ten. Benedito Del Vecchio, responsável pelo policiamento no trecho que compreende a Praça Osvaldo Cruz até a Rua Professor Otávio Mendes (ao lado do MASP), área da 1ª Cia. do 11º BPM/M, aponta que houve um reforço desde março de 2005, no policiamento da Avenida Paulista com a atuação de motos da ROCAM (Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas). “Fixamos mais de 10 motociclistas no patrulhamento de toda a extensão da avenida Paulista. Eles atuam das 6h30 às 23h”, esclarece Del Vecchio.

O policiamento é realizado sempre em duplas com um PM por moto em 2 turnos de segunda a sábado. Por dia, os turnos são de 12 horas cada (das 6h30 às 18h30 e das 11hs às 23hs), e entre 11hs e 18h30 conta com o número total de 428 viaturas e PMs.

• O policiamento com motocicletas (que já era realizado pela 3ª Cia do 2º Batalhão de Choque), foi implantado em todos os batalhões da Capital no dia 19 de abril de 2005. As motos atuam nos corredores de 30 grandes Avenidas da Capital, a fim de coibir o roubo e furto no trânsito.

A melhora dos índices de criminalidade trouxe um aumento significativo na sensação de segurança. “O reforço do policiamento é importante para toda a população, principalmente a escolar, que precisa freqüentar a avenida até às 23h”, diz Nelson Baeta, presidente da Associação Paulista Viva. Ele reforça também o trabalho desenvolvido pelos trailers 24 horas. “Nós, da Associação, estamos satisfeitos com a parceria junto à polícia”, afirmou.

“Com o aumento no número de policiais, só tem melhorado a situação. No dia-a-dia, sinto que o público que freqüenta o condomínio e sai mais tarde do trabalho sente-se seguro com a presença da polícia”, afirma Fábio Pimentel, responsável pela administração do Condomínio Cetenco Plaza, centro de negócios que reúne de escritórios de advocacia a empresas multinacionais no número 1842 da avenida.

Prevenção de crimes
Para garantir a segurança de quem circula pela avenida, policiais Militares intensifica o policiamento no entorno das principais casas de espetáculos da Paulista. Essa nova modalidade de policiamento atende a aérea do Teatro Popular do Sesi, Teatro Gazeta e Club Homs.

Para a administradora do Clube Homs, Adélia Maria de Oliveira, o aumento de policiamento na região foi algo que sem dúvida melhorou a segurança e fez com que a violência do local diminuísse. De acordo com ela, os freqüentadores do Clube Homs estavam enfrentando problemas, pois os hippies, que ficam na Paulista, incomodavam os sócios e associados do clube, ocorrendo inclusive agressões. “Houve atuação da polícia e incidentes como esses nunca mais ocorreram”, conta Adélia.


Essa opinião é ratificada por Sérgio Luiz de Almeida, Coordenador de Serviços Administrativos do Teatro Popular do Sesi (representa a FIESP/ CIESP/ SESI e SENAI). Segundo ele, o aumento do policiamento na área fez com que a sensação de segurança aumentasse.

O patrulhamento nos finais de semana e as motos fizeram com que as ocorrências reduzissem. “A insegurança da população diminuiu. A presença dos policiais também inibiu a permanência de ambulantes, que era algo indesejado”, comenta Almeida.

Orientação e ação da polícia reduz roubo a condomínio na região da Paulista
As policias Civil e Militar realizaram uma série de seminários para síndicos, zeladores e demais funcionários de prédios da região, explicando e orientando sobre como prevenir assaltos a condomínios. Cerca de 40 pessoas já passaram pelas palestras. Os próximos estão agendados para Agosto e Setembro deste ano. Desde outubro de 2003 não é registrado nenhum assalto a condomínio na região do 78º DP, segundo a delegada Elisabeth Sato.


As informações são da Secretária de Segurança Pública da cidade de São Paulo.

   

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