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22/04/2008

X Congresso Internacional de Cidades Educadoras

 

da Redação


Começa nesta quinta-feira, na cidade de São Paulo, o X Congresso Internacional de Cidades Educadoras. O tema deste ano é Construção de Cidadania em Cidades Multiculturais. Inspira-se nos princípios de promoção da cidadania global e da consolidação da democracia a partir do respeito à pluralidade das diversas manifestações socioculturais expressos na Carta das Cidades Educadoras.

Esses são alguns projetos selecionados no Estado de São Paulo para participarem do congresso (veja outros nacionais e internacionais):

"Pedagogia Hospitalar de São Paulo", São Paulo (SP)
Estudantes internados no Hospital do Câncer para tratamentos muito longos corriam o risco de perder aulas e conteúdo programático, até de perderem anos letivos. Outros tinham dificuldades de acompanhar os conteúdos até por estarem naquela situação fragilizada. O projeto inclui atividades lúdicas (jogos, brinquedos, CD room, videogame, desenhos), artísticas, escolares (vinculadas à escola de origem ou com base no currículo da escola de origem) e pedagógicas. É feita uma avaliação do desenvolvimento do aluno/paciente, com ênfase e estimulação em suas dificuldades. Além disso, há contrato com a Prefeitura de São Paulo para organização de dois cursos anuais e assessoria para a construção de uma política de atendimento pedagógico hospitalar.

“Chilena, eres parte, no te quedes aparte”, São Paulo (SP)
Começou com um projeto de pesquisa inscrito num concurso promovido pelo governo chileno para avaliar as comunidades de cidadãos do país no exterior. Verônica Ravena e Oriana Jara participaram com uma pesquisa feita com 30 mulheres chilenas que vieram para o Brasil no primeiro grupo de imigrantes, já com filhos. Com esse trabalho, formaram facilitadoras que atuavam com as imigrantes. Montaram oficinas de discussão, por exemplo, de sexualidade na terceira idade, que com as discussões passaram a ter nomes como “Ah, hoje é você que está com dor de cabeça?”. Agora, o projeto passou a ser das próprias atendidas, que o tomaram (tanto que, para ir gravar lá, é preciso ter autorização delas, não das coordenadoras). Os cursos hoje ficam lotados, ninguém os deixa no meio, há um “resgate de cidadania”.

“Esporte é educar”, São Paulo (SP)
Por meio de atividades físicas e culturais, o projeto promove a inclusão de estudantes portadoras de deficiência do Centro Educacional Pêra Marmelo e seus familiares (no Jaraguá, SP). Entre as atividades desenvolvidas estão natação, atletismo, vôlei, basquete, futsal, handebol, ginástica, atividades rítmicas, alongamento, hóquei sobre piso, bocha, patinação, pintura em tela, narração de histórias, cinema, teatro vocacional, aulas de informática, sempre respeitando as características de aprendizado e aptidões.

“Aqui Jaz o Passado. Coleta Seletiva Por Buri e Pela Natureza”, Buri (SP)
O projeto, desenvolvido a partir do ano passado pela Prefeitura de Buri, começou com a mobilização de estudantes em torno da necessidade de conscientizar toda a população para o cuidado com a destinação do lixo e salvar a cidade de multas ambientais e da contaminação do rio Apiaí-Guaçu. Hoje a coleta seletiva é realizada na cidade inteira e já conta com adesão de 75% dos domicílios. Com a implantação do projeto, os catadores de lixo - que antes trabalhavam no meio de roedores, baratas, moscas, urubus e conviviam com o mau cheiro e o risco de doenças - contam agora com um ambiente de trabalho mais seguro e digno. Organizadas em Cooperativas de Reciclagem, 30 famílias sobrevivem da coleta, que começou com um volume semanal de 2,5 toneladas e já alcança 6 toneladas. Os salários também melhoraram – muitos dos catadores dobraram o faturamento.

“Projeto ALFA: Alfabetização pelo Lúdico, Físico e Artístico” Descalvado (SP)
Desde 2004, reforça o aprendizado de alunos que têm dificuldade por meio de atividades lúdicas de alfabetização, educação física e artes. Desenvolvido em uma brinquedoteca municipal, o projeto atende cerca de 200 alunos, em turmas de acordo com a idade e série. Foram colocados à disposição dos alunos que participam da experiência ônibus e material específico para cada disciplina desenvolvida. As dificuldades de cada aluno recebem atenção individualizada.

"Cemei", Mogi Mirim (SP)
O Cemei atende crianças e jovens com deficiências auditivas, visuais e intelectuais. Há salas com recursos especiais para as necessidades de cada grupo de alunos - em áudio e braile para os portadores de problemas visuais, ensino pré-profissionalizante para os alunos com menos de 18 anos, que inclui confecção de artesanato que lhes permita ter renda própria, e ensino profissionalizante para jovens com mais de 18 anos. A intenção, segundo Ana Laura Trentin Rofolo, chefe de seção da educação especial, é “assegurar que os alunos tenham um rumo natural em suas vidas, que venham a obter um emprego ou uma vaga na universidade, enfim, a idéia é ensiná-los a ganhar espaço”.

“Aimirim”, Mogi Mirim (SP)
É um local que reúne serviços municipais. Há educação profissional – com ênfase em dar oportunidades de trabalho –, ginástica para a terceira idade, programação de férias para as crianças da cidade. Recentemente foi incluído um curso sobre dengue na grade de serviços dos centros espalhados pela cidade, devido à atualidade e urgência do tema.


"Educação Musical”, Mogi Mirim (SP)

Atende crianças de 7 a 10 anos que encontram no projeto aulas de canto, violão, percussão e teatro. Como resultado do trabalho, iniciado em 2005 e hoje estendido a todas as escolas da rede de ensino municipal de Mogi Mirim, foram formados um coral, um coral performático – usando as aulas de canto e de artes cênicas – e um grupo de percussão que usa instrumentos de material alternativo, como latas.

“Ações Complementares”, Batatais (SP)
Inclui aulas de teatro, fanfarras, atividades circenses e artesanato para alunos da rede pública municipal de Batatais no chamado “período contrário” – período em que os alunos não estão em aula regular. A secretária de Educação de Batatais, Maria Cristina de Oliveira Castro Prado, informa que, após a implantação do projeto, há três anos, foram observados dois resultados mais evidentes: a melhora do desempenho escolar dos estudantes que participam dos cursos extracurriculares e o aumento da freqüência escolar, pois é necessário ter presença na aula para poder ir às classes extras. De acordo com a secretária, a participação dos estudantes no projeto é voluntária, mas há um esforço para tentar levar os alunos que estão com mais dificuldade a freqüentar esses cursos, que ajudam a desenvolver o raciocínio e, naturalmente, evitam que crianças e jovens fiquem na rua.


Veja também:
Alguns projetos nacionais selecionados para o X Congresso Internacional de Cidades Educadoras

Alguns projetos internacionais selecionados para o X Congresso Internacional de Cidades Educadoras

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