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Mais são paulo
26/05/2004
Comércio pode ter cota para negros

Vanessa Sayuri Nakasato

As cotas raciais que têm polemizado o âmbito educacional do Brasil podem se estender, agora, para o comércio. Porém, desta vez, a proposta não vem de nenhum governo ou casa legislativa, mas do Sindicato dos Empregados do Comércio de São Paulo. A entidade tem promovido seminários e reuniões com empresários de todo o país. O objetivo é inserir mais negros na área comercial.

Segundo o presidente do sindicato, Ricardo Patah, a idéia é selar acordo com empresas, e não impor obrigações. O trato pode ser a contratação de 20% de negros do quadro de funcionários ou cursos de qualificação profissional. “A intenção é oferecer mais oportunidade aos afrodescendentes, não só de trabalho, mas de ter bons cargos, de importância.”

Pesquisa realizada pelo Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial (Inspir) em 29 shoppings da capital paulista, em dezembro do ano passado, mostra que 85% dos trabalhadores desses estabelecimentos são brancos e apenas 15% negros.

Impressionado com o resultado, Patah encomendou um levantamento ao Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) para saber qual a renda do trabalhador de São Paulo. Constatou-se que os negros ganham, em média, metade do salário recebido pelos brancos. Quando a questão é especificamente o comércio, a situação piora. Além de a renda mensal do negro não ultrapassar R$ 850, o valor salarial médio diminuiu R$ 300 nos últimos oito anos.

Na opinião de Patah, a discriminação racial no comércio existe porque a maioria dos consumidores prefere ser atendida por brancos. “Há o estereótipo de gerentes e vendedores que nada tem a ver com beleza. Tem negros muito bonitos que não conseguem emprego nem como balconista. O problema não se encontra na aparência, propriamente dita, mas na cor. Em Brasília, por exemplo, tem um shopping onde não há nenhum negro empregado.”

O presidente do sindicato afirma ter conseguido sensibilizar empresários e sindicalistas de diversos Estados quanto ao assunto. Até o momento, somente duas empresas aderiram ao projeto: Colombo, que adotou a cota, e grupo Sonai, que se comprometeu em criar e oferecer cursos de qualificação. “É um trabalho de formiguinha, mas temos que buscar mecanismos para extirpar tanta desigualdade social.”

Conforme Patah, caso a entidade não alcance o impacto esperado junto da sociedade civil, ela buscará aliados e recorrerá ao Poder Legislativo.

   

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