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mais são paulo
27/04/2006
Margem do Rio Tietê poderá ser arrendada

 

da Redação

A cidade está para ganhar um novo e curioso espaço de mídia: a margem do Rio Tietê. O governo estadual está preparando um projeto que visa arrendar o espaço para empresários, liberando sua utilização para alocação de outdoors. Já há empresas interessadas na idéia. O objetivo da proposta é custear os cerca de 40 milhões anuais gastos com a manutenção do local, que passou recentemente por um processo de rebaixamento de sua calha, evitando as enchentes no local.

 

Impasse nas obras de despoluição do Rio Pinheiros continua

da Redação

Há um mês o governo do estado anunciou publicamente que daria continuidade aos trabalhos da central de despoluição do Rio Pinheiros com a liberação da verba de 12 milhões de reais necessárias ao seu andamento. Desde então nenhuma atitude do poder público foi vista. Os responsáveis pela obra se comprometeram ontem, no entanto, com o Mais São Paulo, que se a Petrobrás não liberar a verba até terça-feira, o governo estadual irá custeá-la.

Histórico do impasse
Desde a gestão do ex-governador do estado, Mário Covas, 80 milhões de reais foram despendidos pelo estado e pela estatal Petrobrás – parceira no projeto - na construção de uma central de despoluição do Rio Pinheiros e afluentes. As águas, tratadas pelo método de flotação (remoção de resíduos sólidos em suspensão), seriam lançadas na Represa Billings, contribuindo também para a geração de energia elétrica através da Usina Henry Borden. Por um embargo do Ministério Público, no entanto, a central nunca foi colocada em uso e já apresenta sinais de deterioração.

Quando a central estava preste a iniciar seu projeto piloto, de 10 m³ de água por segundo - já com autorização da Secretaria Estadual do Meio-Ambiente -, o Ministério Público entrou com uma ação pedindo a suspensão dos testes. O projeto original previa uma estrutura capaz de flotar 50 m³ por segundo. A argumentação, validada inclusive por entidades do terceiro setor, é de que o método escolhido não funcionaria para a despoluição e de que haveria impactos negativos para o meio-ambiente. Uma saga judicial então foi iniciada. O Ministério Público ganhou a ação.

Avançando nas negociações, em 2004 foi firmado um acordo prevendo a produção de um EIA-RIMA (um extenso relatório a respeito do impacto ambiental, prática comum em grandes empreitadas como esta) que, embasado cientificamente, daria argumentação suficiente para a continuidade dos testes na central piloto. Esse documento é orçado em 12 milhões de reais, dinheiro este que até a tarde de ontem nenhuma entidade estava disposta a despender.

João Francisco Soares, engenheiro civil especialista em hidráulica e saneamento, integrante do Instituto de Engenharia - que trabalhou nas obras do Rio Pinheiros - e membro do Conselho Estadual de Saneamento, avalia o impasse como uma “disputa técnica, política e institucional”. Soares diz que embora não se tenha total certeza de que o método de flotação dê certo, a única forma de saber isso é fazer o projeto piloto funcionar. “Aprendi na minha primeira aula de engenharia que a melhor forma de testar algo é pôr em pratica”.

O engenheiro argumenta ainda que, embora o Rio Pinheiros tenha suas especificidades, locais como o Piscinão de Ramos, no Rio de Janeiro, a prática já é comum. E que, além de iniciativas como esta, pequenos testes no próprio Rio Pinheiros já foram realizados, como o Projeto Pomar I e II. Com a água advinda da flotação de 100 litros por segundo, canteiros à margem do rio foram recuperados e peixes estão sendo criados com a água tratada.

AVALIAÇÃO ENVIADA DO ENGENHEIRO LEON JO SAYEG REFERENTE AOS CUSTOS DO EIA-RIMA DAS ESTAÇÕES DE FLOTAÇÃO DO RIO PINHEIROS, ENVIADA AO MAIS SÃO PAULO

Na qualidade de Engenheiro Civil especializado em meio-ambiente, autor de mais de 12 EIA-RIMAs elaborados com equipe multi-disciplinar e com 6 EIA-RIMAs aprovados pelo CONSEMA ( Conselho Estadual de Meio Ambiente ), informo ser impossível que os custos do EIA-RIMA das estações de flotação do Rio Pinheiros e afluentes ultrapassem a R$ 3 milhões ( três milhões de reais ) .

Quem estimou os custos em 12 milhões está totalmente fora de mercado e distante de custos reais e objetivos.

O valor publicado em vossa reportagem é absurdo e fora de base real.

Nossa equipe, com especialistas de renome, doutorados em universidades estrangeiras e nas melhores do Brasil, possui condições técnico-econômicas de elaborar e viabilizar esses trabalhos, incluídos todos os testes e ensaios tecnológicos, de laboratórios e tudo o do mais alto nível de engenharia hidráulica , sanitária e química.

Quero que a comunidade fique ciente de que com 75 % a menos dos recursos inicialmente previstos, pode-se fazer um excelente trabalho.

Engº Leon Jo Sayeg - leon@espacoempresarial.com.br

   

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