Renda
é menor em famílias chefiadas por mulheres
Piorou na década
de 90 a situação econômica da mulher que é
chefe de família. Estudo da Fundação Seade
realizado na Região Metropolitana de São Paulo, com
base na pesquisa mensal de emprego e desemprego, mostra que o rendimento
per capita dos integrantes de uma família chefiada por mulher
caiu 25,2% entre os biênios 1988/89 e 2000/01.
Além
disso, a renda per capita das famílias chefiadas por essas
mulheres é de R$ 350 mensais, muito inferior aos rendimentos
auferidos pelas mulheres que moram sozinhas (R$ 802) e daquelas
que são casadas e não têm filhos (R$ 746). "Este
resultado mostra que a mulher chefe de família está
mais exposta, ela é a que obtém o menor rendimento
e é a que mais necessita trabalhar", observa a gerente
de Análise da Fundação Seade-SP, Paula Montagner.
O desemprego
também é maior entre as mulheres com filhos. De acordo
com a pesquisa, a taxa de desemprego da mulher que ajuda o marido
a manter a casa é de 19,7%, superior aos 17,1% registrados
entre as mulheres que são cônjuges e que não
têm filhos. Já o desemprego entre as mulheres que são
chefes de família é de 15,7%, mostra a pesquisa.
O fato de não
ter filhos proporciona uma certa vantagem. Quando ocupada, a mulher
sem filhos recebe, em média 27,1% a mais do que aquelas que
têm filhos. Paula observa que esse diferencial de renda existe
porque se parte do pressuposto que a mulher sem filhos tem uma dedicação
maior às tarefas do trabalho do que aquelas que ainda têm
responsabilidade de cuidar de uma família.
Leia
mais:
- Cai
a renda das famílias chefiadas por mulheres
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