Persiste
a discriminação racial no mercado de trabalho
A participação
da população negra no mercado brasileiro continua
bem mais precária do que a da população não-negra.
Essa precariedade se manifesta, especialmente, nas taxas mais elevadas
de desemprego, na maior presença dos negros nos postos de
trabalho menos protegidos e nos rendimentos sempre inferiores ao
da população não-negra.
As informações
fazem parte do boletim especial ''A Desigualdade Racial no Mercado
de Trabalho'', elaborado pelo Dieese, em convênio com o Seade
e instituições governamentais de seis regiões
do país, para marcar o Dia Nacional da Consciência
Negra.
No período
da pesquisa, em Salvador, por exemplo, em média, de cada
cem negros na força de trabalho, 29 se encontravam desempregados
nos primeiros seis meses de 2002, enquanto 19,9 dos não-negros
estavam sem trabalho.
Os negros e
pardos receberam, em média, cerca da metade do rendimento
dos brancos, de acordo com o Dieese. O índice geral do país,
mostra que os brancos ganham, em média, 3,8 salários
mínimos, enquanto os negros recebem cerca de 2 salários
e os pardos, 1,8.
Outro ponto
levantado pelo estudo é a proporção de trabalhadores
negros de 10 a 17 anos. Segundo o Dieese, o número é
maior do que a dos não-negros na maioria das regiões
metropolitanas do país. De seis capitais brasileiras, apenas
Porto Alegre apresenta participação maior para trabalhadores
não-negros de 10 a 17 anos.
Leia mais:
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de trabalho evidencia desigualdade racial, diz pesquisa
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de menores negros trabalhando supera não-negros
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