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Miséria
e desigualdade aumentaram no Brasil
As taxas de
natalidade no país já caiam desde 1940. Mas a idéia
de que a miséria em países pobres estava diretamente
ligada aos altos índices de natalidade, que resultou em campanhas
de esterilização no Brasil, não contribuiu
em nada para diminuir os índices de desigualdade no país.
A tese miséria-natalidade deslanchou em 1974 a partir de
um memorando secreto do então secretário de Estado
dos Estados Unidos Henry Kissinger cujo governo financiou campanhas
de esterilização no Brasil
Estudos antigos
e recentes mostram que não há relação
entre o número de habitantes e a miséria. Usando métodos
que consideram as linhas de indigência e pobreza, o Instituto
de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) estimou o total de
pobres em 52 milhões, em 1999 - cerca de um terço
da população. Dentre eles, 22,6 milhões eram
indigentes, o que corresponde a 150 estádios do Maracanã
lotados.
Segundo o Instituto
Ethos, entidade empresarial associada ao Fome Zero, concluiu que
46 milhões de brasileiros vivem com menos de US$ 1 por dia,
o que os torna oficialmente miseráveis. Um estudo recente
da Comissão Econômica para a América Latina
(Cepal) estima que só no ano passado o exército de
excluídos na América Latina aumentou 88 milhões.
No Brasil, eles são mais de um terço da população
(36,9%).
Leia
mais:
- Filhos
da pobreza
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