Home
 Tempo Real
 Coluna GD
 Só Nosso
 Asneiras e Equívocos 
 Imprescindível
 Urbanidade
 Palavr@ do Leitor
 Aprendiz
 
 Quem Somos
 Expediente


Semana de 17.02.03 a 23.02.03

 

Desemprego irá disparar este ano, alerta Dieese

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai enfrentar, no primeiro ano de mandato, a maior crise de desemprego da história do país. Ao considerarem as medidas já anunciadas pelo novo governo, como a elevação dos juros e o corte de investimentos, economistas que acompanham o mercado de trabalho são unânimes: o desemprego vai disparar em 2003.

Ninguém consegue prever um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) superior a 2%, número já considerado otimista. Com esse desempenho, o país não consegue se movimentar a ponto de elevar a oferta de emprego para absorver 1,5 milhão de pessoas que entram anualmente no mercado de trabalho, além de parte dos desempregados -são cerca de 12 milhões no país.

Nem mesmo o Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho), da Unicamp, universidade que reúne profissionais com idéias próximas às do PT, consegue ver um ano melhor para o trabalhador. A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo -que, na média do ano passado, foi de 19% sobre a PEA (População Economicamente Ativa), segundo o Dieese- ficaria, segundo as projeções da Unicamp, entre 20% e 21% neste ano. É um recorde histórico desde 85, quando a pesquisa foi iniciada.

E pior: O trabalhador foi o menos beneficiado pelo aumento da produtividade registrado pela indústria na última década. Na avaliação do diretor-técnico do Dieese, Sérgio Mendonça, houve uma piora na distribuição da renda entre lucros e salários.

Segundo o economista, as empresas recorreram ao enxugamento de pessoal e ao aumento de produtividade para enfrentar a concorrência dos importados e a alta dos juros. Na sua análise, as empresas provavelmente se apropriaram de uma fatia desses ganhos, ampliando suas margens de lucros. Mas tiveram de repassar parte para os preços, na tentativa de enfrentar a concorrência dos importados. Com isso, o consumidor foi beneficiado. "Mas nada foi repassado para os salários. Ao contrário, os salários subiram um pouquinho no início do Real, mas depois caíram."

Leia mais:
- Lula enfrenta maior desemprego da história

Leia também:
- Ganho não beneficiou o trabalhador

 

 
                                                Subir    
   Semana de 10.02.03 a 16.02.03
  Aposentado brasileiro é um dos mais jovens do mundo
   
   Semana de 27.01.03 a 02.02.03
  Guarda-costas é contratado por hora
   
   Semana de 27.01.03 a 02.02.03
  Mais da metade dos postos de trabalho estão nas microempresas
   
   Semana de 20.01.03 a 26.01.03
  Fortalecimento de cooperativas de crédito incomodam bancos