.
              
 
HOME | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
 
 

arte popular
02/02/2005
Teatro Brincante forma educadores em cultura brasileira

Pesquisar, entender e ensinar novos conceitos da cultura popular brasileira sempre foi a vida de Antonio Nóbrega e Rosane Almeida. Em 12 anos de trabalhos dentro do Teatro-Escola Brincante, na Vila Madalena, eles já formaram cerca de 5 mil pessoas que, como muitas outras, aprenderam não só a valorizar mais o que é produzido no país, mas também que o ‘ser popular’ abrange mais aspectos do que os aprendidos em salas de aula e que conhecemos como folclore.

Anualmente, o Brincante abre espaço para quem deseja conhecer ou se aprofundar nos diversos temas que envolvem a nossa cultura. Além do tradicional curso de formação para educadores, no qual o participante recebe instruções sobre a prática de contos, danças, histórias, jogos, brincadeiras e toques instrumentais, dos cursos de danças brasileiras (maracatu, coco, frevo), percussão (tambor, pandeiro, caracaxá, zabumba) e rabeca (também conhecida como violino popular), este ano a novidade fica por conta das aulas de espetáculos populares brasileiros, que englobam não só a história das danças, ritmos e cantos, mas também o contexto social no qual se manifestam, e teatro e folguedos populares, que envolve o estudo das máscaras, das vozes e das músicas cantadas em inúmeras brincadeiras.

Segundo Rosane Almeida, "a função da arte é se renovar, se reelaborar. Precisamos também evoluir no método de pesquisa e na forma como vamos repassar isso para as pessoas. Muita coisa mudou em 12 anos, estava mais do que na hora de aprofundarmos nossas pesquisas sobre nosso objeto de trabalho".

A programação vai priorizar pela primeira vez o contexto histórico dos folguedos e de outros itens da cultura popular em sua amplidão. "Precisávamos dessa evolução, mudar a forma de ensinar.

Este ano pretendemos dar início a uma nova fase do Brincante", comenta Rosane. Os cursos têm duração de um e dois anos e as mensalidades variam entre R$ 100 e R$ 130.

Filha de peixe
Aos 15 anos, Maria Eugênia Almeida ganhou de presente dos seus pais, Antonio Nóbrega e Rosane Almeida, uma viagem ao Xingu. Foi assim que começou a história da menina, que hoje tem 18 anos, e que descobriu que sabia e gostava de fotografar.

A partir de hoje, o Sesc Carmo recebe a exposição Brincantes, com imagens produzidas por ela, entre 2003 e 2004, durante as gravações do programa Danças Brasileiras, que teve locações em Pernambuco, Sergipe, Bahia e interior de São Paulo. "Meus pais decidiram me levar nessas viagens e eu queria ter uma função. Decidi então começar a fotografar tudo pensando em futuramente realizar uma exposição", comenta Maria Eugênia.

Quem visitar a mostra poderá conhecer um pouco das brincadeiras e manifestações da cultura popular, o universo dos brincantes e os cenários em que ocorrem as festas. "Nessas manifestações é tudo muito bonito, existem momentos intensos e foi isso que tentei registrar", afirma Maria Eugênia.

CLAUDIA PEREIRA
do O Estado de S. Paulo

   
 
 
 

NOTÍCIAS ANteriores
01 /02/2005 Evento bate recorde em Porto Alegre
01 /02/2005 Ministério libera R$ 313 milhões para favelas
01 /02/2005 Projeto revela as pequenas cidades
01 /02/2005 Universidades privadas querem mudar proposta
01 /02/2005 Bolsa-Família só terá cadastro em ordem no fim do governo
01 /02/2005 Lula sanciona Lei de Falências hoje; pode haver vetos
01 /02/2005
Governo vai sortear bolsa para jovens das capitais
01 /02/2005
Brasil e Cuba assinam acordo de cooperação na educação
31/01/2005
Economistas aumentam expectativa de inflação e juros para 2005