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trabalho
07/01/2004
OIT diz que 19 milhões de latino-americanos não tiveram emprego em 2003

SANTIAGO - A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmou nesta quarta-feira, em um informe, que 19 milhões de pessoas estavam sem trabalho na América Latina em 2003. A taxa de desemprego na América Latina pode chegar a 10% em 2004, ligeiramente abaixo dos 10,7% registrados no ano passado, por causa da leve recuperação da economia da região, ainda que acompanhada de uma maior instabilidade trabalhista.

A evolução do desemprego em 2003 foi similar nos diversos países, que, em vários casos, recuperavam-se de fortes crises financeiras e políticas que explodiram em 2002.

"Há mais emprego, mas de menor qualidade. A produtividade foi reduzida e a maior parte do aumento do emprego em 2003 corresponde ao setor informal", disse o organismo.

Segundo a OIT, o método de cálculo da média do desemprego na região consiste em compilar as estatísticas dos governos de cada país, incluindo os do Caribe, e homologar os dados mediante a comparação com as informações mais semelhantes. A OIT afirma que a confiabilidade da pesquisa é de 95%.

O organismo detectou na América Latina um aumento sistemático do emprego em condições precárias desde 1990, ou seja, trabalho sem proteção social e sob formas de contrato que facilitam as demissões em períodos de baixo crescimento econômico, o que barateia os custos trabalhistas mas não aumenta a produtividade.

A queda de 0,7 ponto percentual no desemprego regional que a OIT estima para 2004 baseia-se em um prognóstico de maior crescimento da economia latino-americano neste ano, de 3,5%.

"Isso dependerá, no entanto, especialmente da estabilidade do comportamento da política, assim como do dinamismo que gere a economia dos EUA", afirmou o informe.

Nesse cenário, a OIT destaca as perspectivas de maior crescimento esperado para o Brasil, o Equador e o México, e a continuidade da expansão na Argentina, no Chile e no Peru. Uruguai e Venezuela, segundo as previsões, inverteriam o retrocesso que suas economias sofreram em 2003.

"O maior crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) regional será traduzido em uma menor taxa de desemprego particularmente nesses dois países (Uruguai e Venezuela). Algo similar se espera na Argentina, no Brasil e no México", afirmou a OIT.

Os grupos de emprego mais vulneráveis continuam sendo as mulheres e os jovens, que além disso trabalham em condições de "informalidade". Ainda que a incorporação da mulher no mercado de trabalho tenha permitido uma redução da pobreza extrema desde o início dos anos noventa, ainda há mais de 227 milhões de pessoas indigentes na região.

"O fato de que tantos latino-americanos recebem recursos insuficientes para satisfazer suas necessidades básicas está contribuindo para erosionar a coesão social, dificultando a governabilidade", concluiu a organização.

 

As informações são do Globo Online.

   
 
   
 

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