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26 /05/2004
Pesquisa: 59% dos consumidores do Rio compram de camelôs

Fazer compras em camelôs e “sacoleiros” é prática generalizada no Rio. Pesquisa divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) mostra que 59% dos consumidores que circulam no Centro da cidade adquirem produtos no comércio informal. O estudo traz ainda um dado surpreendente: integrantes de todas as faixas de renda lançam mão da alternativa de consumo. Na classe A, 47% afirmaram comprar em camelôs; na B, 49%; na C, 66%; e na D, 60%.

Os números levaram a Firjan a dar o que chamou de “grito de alerta” contra a concorrência desleal, que, segundo a entidade, inclui pirataria, contrabando, sonegação fiscal e desrespeito às normas técnicas, além dos efeitos na queda da renda, do emprego e da arrecadação de tributos. Segundo o diretor corporativo da federação, Augusto Franco, o avanço do comércio informal funciona como um obstáculo à capacidade de investimento e desenvolvimento das indústrias.

O problema é comprovado por números. Outra pesquisa da Firjan, feita em novembro de 2003, mostrou que 91% de 192 empresas de 24 setores da indústria fluminense declararam ter o faturamento afetado de alguma forma pela concorrência desleal. Por ano, afirma o estudo, 18 mil empregos deixam de ser abertos e o prejuízo chega a R$ 763 milhões.

Na pesquisa divulgada ontem, os principais motivos para a procura pelos camelôs, alegados por 43,3% dos entrevistados, são o preço das mercadorias e a flexibilidade para negociar. Ao mesmo tempo, 36,7% reconhecem a baixa qualidade do produto e a menor vida útil como maiores desvantagens.

Augusto Franco diz que outro aspecto que causa apreensão é o de que 83,7% dos entrevistados sabem que o consumo no comércio ilegal pode apresentar danos à saúde por terem procedência duvidosa, mas 59,7% afirmam que não mudarão seus hábitos.

"Propomos uma campanha de esclarecimento da população em relação aos riscos do comércio ilegal. Além disso, é preciso que o governo intensifique a fiscalização e deixe de atuar como incentivador da informalidade, reduzindo a burocracia para abrir, manter e até mesmo fechar uma empresa e diminuindo a pesada carga tributária atual", afirma o diretor da Firjan.



As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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