AÇÃO SOCIAL
31/05/2007

MIT, USP e Fundação Bradesco fazem operação conjunta no Tocantins

João Batista Jr.


Localizada na Ilha do Bananal, Tocantins, a comunidade indígena que vive às margens do rio Javaé passa por um processo de capacitação contínua: desde 2005, o Massachusetts Institute of Technology (MIT), a Poli (USP) e a Fundação Bradesco oferecem à comunidade ribeirinha tecnologias que visam melhorar a qualidade de vida da região. Saúde, comunicação e geração de renda são os principais pontos trabalhados pelos universitários junto à população local.

“O trabalho é completo, antes a comunidade não tinha nem a formalização do idioma que usam, então tivemos de desenvolver um sistema de informática especial”, informa Nivaldo Marcuso, gerente do setor de tecnologia da Fundação Bradesco. Os estudantes criaram um teclado para o idioma Iny, próprio da tribo Javaé, para que eles pudessem usar o computador. “Os estudantes do MIT não são apenas da área de informática: também participam jornalistas e educadores”, adiantam Nivaldo.

A universidade americana atua na área com a divisão denominada Media Lab, que é de escala mundial e consiste em melhorar a qualidade de vida por meio de educação e comunicação. Diversos países em desenvolvimento contam com pesquisas em andamento, como a Índia. Todo projeto precisa de apoio de comunidades locais para ser executado. “Existe na área do Javaé uma escola de dois mil alunos, que auxiliam a realizar as tarefas organizadas pelos estudantes da Poli e do MIT”, informa Nivaldo. Captação da água da chuva, diminuição de emissão de poluentes oriundos do trabalho com madeira e reutilização dos materiais usados são alguns dos trabalhos em andamento.

Criada em 2004, a iniciativa Poli Cidadã atua com o MIT desde janeiro do ano passado. “Enviamos nos anos de 2006 e 2007, alunos de engenharia e coordenadores para colaborarem”, informa Antônio Luis de Campo Mariani – coordenador geral da iniciativa da USP.

Histórico
A Fundação Bradesco começou a ter acesso aos trabalhos do Media Lab em 1999, mas apenas em 2001 se tornou patrocinadora e, conseqüentemente, apta a administrar projetos com a universidade. “Foi quando O MIT pediu para indicarmos uma comunidade para atuarem”.

Em 2005 a parceria foi selada, e desde então as três entidades atuam na comunidade indígena. “Os índios Javaés estão, desde 2006, realizando conferências via internet com tribos distantes”, comemora Nivaldo. Este é o terceiro ano da parceria em Tocantins. “E no ano que vem pretendemos atender, junto com o MIT também, uma comunidade de Ceilândia, no Distrito Federal”.


   
 
   
 

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