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Enchentes
05/11/2004
Verba dos piscinões foi remanejada

Explicações não faltaram para as inundações de ontem. Falta de piscinões, de varrição e até chuva na hora errada. O que não houve foram explicações sobre a falta dos piscinões nem esclarecimentos sobre qual seria o número ideal de turnos de varrição.

Os piscinões da Praça 14 Bis e da Praça da Bandeira, que poderiam ter evitado as inundações, estavam previstos no orçamento da Prefeitura deste ano, com R$ 9.258.390,00 e R$ 8.946.210,00 destinados a cada um, respectivamente. Contudo, nem R$ 1 foi gasto com essas obras e os recursos foram remanejados para outras áreas, como coleta de lixo.

A Secretaria Municipal de Infra-Estrutura informou, por meio de sua Assessoria de Imprensa, que as obras não foram iniciadas porque não haveria dinheiro suficiente para que elas fossem concluídas. Segundo a secretaria, seriam necessários R$ 80 milhões para a construção dos dois piscinões - de 30 mil metros cúbicos e 40 mil metros cúbicos cada um - e para o reforço da galeria de águas da 9 de Julho.

O dinheiro que falta viria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que fez várias exigências para liberar o dinheiro. Esses requisitos ainda não foram cumpridos.

No entanto, a Secretaria de Estado dos Recursos Hídricos de São Paulo informou que o preço médio por metro cúbico é de R$ 50 a R$ 60. Com base no valor mais alto, o dinheiro previsto no orçamento municipal permitiria construir piscinões de 154 mil metros cúbicos e de 149 mil metros cúbicos, respectivamente.

Na análise de um técnico da secretaria Estadual de Recursos Hídricos, os problemas de ontem foram localizados em pontos isolados da cidade, o que mostra que devem ter acontecido em decorrência do acúmulo de lixo e detritos nas galerias fluviais. Ele afirma que faltaram ações preventivas. "Como esse trabalho preventivo não é feito, na primeira grande chuva os lugares entupidos ou com excesso de lixo acabam aparecendo", diz.

O secretário municipal de Subprefeituras, Carlos Zaratini, culpou São Pedro e a varrição da cidade pelas enchentes no centro. Segundo ele, choveu na hora errada, antes das ruas do entorno do mercado municipal serem varridas. A Limpurb, empresa de limpeza pública subordinada à Secretaria de Serviços e Obras, informou que a região do mercado é varrida de cinco a dez vezes por dia, começando às 7 horas e nunca terminando antes das 20 horas. Depois deste horário, segundo a Limpurb, o movimento na região é muito reduzido, assim como o volume de lixo.

A Vega, empresa de coleta e varrição responsável pela área, confirma que na região do mercado foram feitas cinco varrições na quarta-feira. Ainda de acordo com a empresa, houve duas varrições na Avenida 9 de Julho.


MARCELO ONAGA
BRUNO PAES MANSO
do jornal O Estado de S. Paulo

 
 
 

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