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educação
15/06/2004
Alunos de escola pública fazem passeata por seus direitos

Veridiana Novaes

Os alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Prof. Alves Cruz, Ulisses Santa’ana, 17, e Lucas Piaui Lino, 16, organizaram uma passeata, hoje de manhã, até a Diretoria de Ensino da Regional Centro Oeste (Deco) para reivindicar um maior comprometimento do diretor Wilson Roberto Pedroso com os problemas da escola, que vão desde vandalismo, falta de policiamento e aulas defasadas.

Depois do acontecimento desse último final de semana, quando todas as lâmpadas da escola foram retiradas das salas de aula e destruídas, Lucas e Ulisses decidiram que não era justo deixar as coisas continuarem desse jeito. “Não podemos deixar o pouco caso acabar com nossa escola. Se o diretor não quer trabalhar, poderia dar espaço para os interessados em fazer um trabalho decente”, comenta Ulisses.

Segundo Lucas, quando entrou na Alves Cruz, em 2002, a escola estava passando por um processo de revitalização, pois corria o risco de ser fechada no final do ano. Nessa época, foi criada a Associação Fênix, formada por pais de alunos, alunos, ex-alunos, com intuito de melhorar o ensino com a realização de oficinas de música, fotografia, maracatu, entre outras. A Polícia Militar marcava presença nos arredores da escola, o vandalismo foi controlado e o grêmio era atuante na produção de eventos e assuntos relacionados aos alunos. “O ensino daqui já foi bom muito tempo atrás. Agora, só contamos com a Associação Fênix para termos um diferencial na nossa educação”.

Entretanto, agora a polícia não aparece mais por lá, quase não há aulas, o atual grêmio é inerte e as paredes da escola estão pichadas. “E o pior é que não adianta nem pintar, os alunos picham tudo de novo. Aqui tem três tipos de alunos:“os vândalos”, “os que não querem nada” e “os que querem salvar a escola”. Estamos tentando mobilizar, pelo menos, os que não querem nada. Afinal, o problema também é dos alunos”, diz Ulisses.

O intuito da passeata foi pegar o diretor da escola e a Deco de surpresa. “Queremos uma posição do diretor. Se ele quiser ficar, que fique para trabalhar. Aliás, faz quase um ano que ele está dirigindo a Alves Cruz e a situação só piora. Esperamos que a Delegacia de Ensino faça algo a respeito.”

 
 
 

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