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urbanismo
09/06/2004
Corte de árvores vira batalha judicial

O corte de árvores da avenida Ibirapuera (zona sul de SP) provocou reações de moradores da região e do PV, que acusam a prefeitura de usar um lapso entre duas decisões judiciais para cometer um crime ambiental.

Segundo os moradores, 35 árvores foram cortadas e outras 97 removidas. A Folha não conseguiu confirmar com a prefeitura o número de árvores derrubadas e retiradas da avenida.

As árvores estão sendo retiradas para a implementação do Passa-Rápido, novo nome que a prefeitura dá aos corredores de ônibus.

No final de março, o PV havia obtido uma liminar impedindo o corte das árvores, mas a decisão caiu no último dia 3, com a sentença. No dia seguinte, a prefeitura já começou a cortar e retirar as árvores da Ibirapuera.

"48 horas"
Ontem, no entanto, foi publicada uma nova decisão, da mesma juíza, restabelecendo a liminar que impedia o corte de árvores.

"Eles se aproveitaram de uma brecha e, em 48 horas, fizeram uma carnificina", diz Cláudia Pentiocinas, moradora de Moema que iniciou a resistência ao corte das árvores. "É uma loucura, ninguém consegue fazer 97 remoções de árvores de maneira correta nesse tempo. Metade vai morrer", afirma.

A Secretaria de Negócios Jurídicos alega, entretanto, que consultou o juiz titular da vara ontem mesmo, que reconfirmou que a decisão da sentença está valendo, e não a liminar. Assim, a administração estaria autorizada a retirar e a cortar as árvores.

A Folha não conseguiu falar ontem à noite com a juíza nem com o juiz titular da 11ª vara para que explicassem a aparente contradição entre as decisões.

A prefeitura afirma que, quando a obra estiver pronta, haverá 368 novas árvores na região da avenida Ibirapuera, como parte do programa de compensação ambiental da obra na avenida.

Risco à população
De acordo com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, os moradores não têm por que se preocupar, já que o bairro continuará arborizado.
A secretaria explica ainda que só foram cortadas árvores que tinham problemas, como cupins, sem condições de serem removidas. Na avaliação da prefeitura, essas árvores eram uma ameaça iminente à população.

As informações são da Folha de S.Paulo.

 
 
 

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