Osasco
apresenta piora
da qualidade do ar
da Folha Online
Eder
Chiodetto/Folha Imagem
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Vista
aérea de São Paulo em 15.06.2000, dia em que a
Cetesb registrou inversão térmica |
Através
da análise de relatórios da qualidade do ar feitos pela Cetesb (Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental) entre 1973 e 1983, Helena
determinou os três pontos a serem estudados.
Os elementos analisados foram as partículas em suspensão e o dióxido
de enxofre.
Em 86, Juquitiba funcionou como área de controle, por ter índice
baixo de poluição. Na sequência, vieram Osasco (dentro dos níveis
permitidos) e Tatuapé, que na época apresentava uma média bem acima
da recomendada.
Cerca de 390 crianças que estudavam em escolas estaduais num raio
de 2 km da respectiva estação medidora responderam a questionários.
Resultados
O primeiro resultado mostrou que a incidência de sintomas de doenças
respiratórias relacionadas à poluição do ar era maior no bairro
do Tatuapé.
Já na segunda amostragem, em 98, Osasco assumiu a liderança, embora
o ar da região apresente diminuição dos níveis de dióxido
de enxofre.
O índice de partículas inaláveis e em suspensão(como poeira, por
exemplo) aumentou o suficiente para praticamente anular os efeitos
benéficos que o controle da emissão de dióxido de enxofre pudesse
trazer.
O Tatuapé, em contrapartida, mostrou melhorias e um decréscimo de
ambos os gêneros de poluentes.
A explicação para o fato é que, além das políticas de controle da
poluição atmosférica, o nível sócio-econômico
do bairro aumentou e a região tornou-se mais residencial,
ao contrário do que aconteceu com Osasco.
(RC)
Fontes:
Helena Ribeiro, professora e pesquisadora do depto. de saúde
ambiental da Faculdade
de Saúde Pública da USP;
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