Livraria da Folha

 
11/07/2010 - 19h19

Por causa de farras Nelson Cavaquinho não viu enterro da mãe; leia curiosidades

BENEDITO TEIXEIRA
Colaboração para a Livraria da Folha

Divulgação
Com 60 páginas, livro em capa dura traz tudo sobre Nelson Cavaquinho, além de CD
Com 60 páginas, livro em capa dura traz tudo sobre Nelson Cavaquinho, além de CD

Leia curiosidades sobre Nelson Cavaquinho.

Pacto de compositores
Nelson Cavaquinho e seu mais importante parceiro, Guilherme de Brito, se conheceram na década de 50 e fizeram um pacto de só comporem juntos. Parceria firme de duas personalidades bem diferentes. Nelson era boêmio, daqueles de passar dias na farra. Guilherme era o oposto, calmo e trabalhador regrado, foi funcionário da Casa Edison por 30 anos.

O violão de Nelson
Nelson Cavaquinho tinha uma forma única e inimitável de tocar violão. Usando apenas os dedos polegar e indicador, ele beliscava as cordas do instrumento, produzindo um som completamente diferente do usual.

Histórias da boemia
Durante sua passagem pela Polícia Militar, em uma noite de farra na Mangueira, onde fazia a ronda, Nelson perdeu o próprio cavalo. Ao voltar ao quartel, o cavalo estava lá comendo sua ração. "E não é que o danado tava rindo de mim", contou o compositor. As farras também lhe trouxeram tristezas. Uma vez, depois de passar três dias fora de casa, na década de 40, ao voltar descobriu que sua mãe havia morrido e já tinha sido enterrada.

Amor marginal
Um dos amores de Nelson se chamava Lígia. Era uma sem teto que dormia na Praça Tiradentes, que ele sempre frequentava no Centro do Rio. Os dois bebiam juntos no banco da praça e acabavam dormindo ali mesmo. Nelson tinha o nome Lígia tatuado no ombro direito, motivo do samba "Tatuagem".

Comércio musical
O hábito de vender sambas para sobreviver chegou a desagradar alguns parceiros. Foi o caso de Cartola, que desfez a parceria e manteve a amizade. Outro parceiro, Milton Amaral, contou que uma vez fizeram um samba juntos e, dias depois, quando foi à editora para assinar o contrato, viu que já era o 16º autor da música. Ou seja, Nelson já havia vendido o samba pelo menos 14 vezes.

 
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