Publifolha
03/01/2008 - 08h14

Conheça o bairro da Liberdade com o "Guia Fique em São Paulo"

da Folha Online

São Paulo é a maior cidade japonesa fora do Japão e concentra boa parte dos marcos dessa cultura no bairro da Liberdade.

Divulgação
Guia revela o que fazer na cidade o ano todo, 24 horas por dia
Guia revela o que fazer na cidade o ano todo, 24 horas por dia

Veja abaixo algumas sugestões de passeios do "Guia Fique em São Paulo" no bairro da Liberdade.

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Bairro Oriental

A atual feição do bairro, cujas ruas têm postes com lanternas típicas, é da década de 1970, inspirada na Chinatown de São Francisco, EUA. Um portal vermelho -o Torii- recepciona os visitantes na rua Galvão Bueno.

Os primeiros imigrantes japoneses chegaram aqui em 1912 e, 30 anos depois, a maioria dos nipo-brasileiros da capital vivia no bairro. No auge da Segunda Guerra, perseguidos, dispersaram-se para outros pontos. Seu retorno ocorreu no pós-guerra, com o extinto Cine Niterói, que reaglutinou a comunidade exibindo filmes japoneses na rua Galvão Bueno -hoje, cheia de lojas típicas, como a Minikimono (nº 22-A da rua Galvão Bueno). Nos anos 70, outros asiáticos se instalaram. Hoje, o Templo Busshinji, budista japonês, divide a paisagem com o templo Quaninn do Brasil, budista chinês, por exemplo.

A rua Tomás Gonzaga tem alguns dos mais antigos restaurantes japoneses de São Paulo. Livrarias como a Sol (pça. da Liberdade, 153, S3208-6588) oferecem tudo em mangás, os quadrinhos japoneses. Na rua São Joaquim, a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa promove cursos e abriga o Museu da Imigração Japonesa, e fica o Centro de Chado Urasenke (nº 381, sala 44, S 3815-3641), que ensina a cerimônia do chá. Entre os eventos locais, há a Festa do Moti Tsuki (31 de dezembro), para celebrar o ano-novo; o Hana Matsuri (abril), em honra a Buda; e o Tanabata Matsuri (julho), em que se anotam desejos em papéis presos em galhos de bambu. Na praça da Liberdade, as manhãs (6h-7h) são tomadas pelo Rádio Taissô, com exercícios ao som de música japonesa. A praça sedia a Feira Oriental (dom e dois sáb por mês), com comidas orientais e, entre janeiro e fevereiro, o Ano-Novo Chinês, do calendário lunar.

Templo Busshinji

Todo de madeira e com teto piramidal, este templo budista, da Comunidade Soto Zen Shu, de tradição japonesa, foi inaugurado em 1995. Nas visitas e cerimônias, só se entra com pés descalços. No altar há três armários com budas de madeira. Instrumentos percussivos marcam as cerimônias. Além dos ritos semanais, uma vez por mês há a Cerimônia de Kannon, manifestação de Buda ligada à compaixão.

O budismo japonês é o que predomina na cidade, embora também haja instituições dedicadas ao budismo chinês e ao tibetano. Além da tradição zen, o budismo do Japão tem variantes que incorporam o sincretismo com o xintoísmo, uma das religiões mais populares
no país. É interessante combinar a visita a este templo com uma ao belo Templo Quannin, também budista chinês, situado no viaduto da rua Conselheiro Furtado.

R. São Joaquim, 285, Liberdade. (11) 3208-4515, www.sotozen.org.br. São Joaquim. diariam 8h-17h (agendar); Cerimônia de Kannon: 3º dom do mês, 13h (agendar); qua e sáb meditações 6h15 e 10h15. (pago).

Museu da Imigração Japonesa

Um passeio pelo bairro oriental da Liberdade não pode acabar sem uma visita a este museu. Entre as 1.800 peças do acervo, não perca as réplicas do Kasato-Maru (navio que em 1908 trouxe os pioneiros imigrantes japoneses ao Brasil) e a mostra do pós-guerra, que lembra os dekasseguis (nipo-brasileiros que emigraram para o Japão). Há também uma sala de projeção, que exibe documentários.

O museu foi inaugurado em 1978 como parte da festa pelos 70 anos da imigração japonesa, com a presença do hoje imperador Akihito.

R. São Joaquim, 381, 7º, 8º e 9º andares, Liberdade. (11) 3209-5465. ter-dom 13h30-17h30.

"Guia Fique em São Paulo"
Autor: AF Guias de Viagem
Editora: Publifolha
Páginas: 200
Quanto: R$ 32,00
Onde comprar: Nas principais livrarias, pelo telefone 0800-140090 ou no site da Publifolha

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