São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 1994
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Líder na TV, a Philips conquista mais espaço nas linhas de áudio

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Ser a marca mais lembrada pelo consumidor brasileiro na linha de televisão, não é novidade para a Philips. Ela sabe disso há pelo menos três anos. O fato novo é que a empresa também começa a ganhar fama na linha de áudio.
Pela terceira vez, a Philips é a líder da pesquisa Top of Mind na categoria de aparelhos de TV e, pela primeira vez, na de aparelhos de som.
``Seria uma surpresa não estarmos no `Top of Mind' na linha de áudio por causa da nossa dedicação especial a estes produtos", diz Edson A. Farqui, gerente-geral de áudio e vídeo.
Ele conta que desde 1989 a matriz matriz da Philips, de origem holandesa, está dando mais atenção à linha de áudio.
E também desde aquele ano decidiu deslanchar um programa para agregar valor aos produtos em benefício do consumidor.
``É o que estamos fazendo no Brasil. A idéia é ter produtos simples e sempre com mais recursos. Na TV, queremos o melhor de som e imagem. Nas linhas de som, buscamos qualidade."
Em 1993, conta Farqui, a Philips aumentou de 30% a 40% o número de modelos de aparelhos de som –para 20. Nas TVs, o incremento foi de 20% –para 16.
``De 1990 a 1992, o mercado foi recessivo. Foi a partir de 1993 que começamos a crescer." Farqui conta que, para este ano, a linha de som cresce de 20% a 30%. A de TV, 20%.
Nos seus cálculos, a Philips é a líder no mercado brasileiro de televisores em cores –avaliado em 4,2 milhões de unidades para 1994– com 23% a 24%.
``Só conseguimos manter a liderança num mercado crescente porque nossa fábrica de Manaus é tão competitiva quanto às do Oriente."
Na Europa, conta Farqui, a Philips também é a primeira colocada no ranking. No segmento de telas grandes sofisticadas, afirma, chega a participar com 30%.
Na linha de áudio, Farqui diz que a Philips tem, no Brasil, expressiva participação –entre 17% e 18%– no segmento de sistemas integrados e portáteis com CD. Na Europa, disputa a vice liderança.
O segredo dos produtos de áudio e vídeo, afirma, é a incorporação constante de novas tecnologias.
Para ganhar o consumidor, diz, a Philips renova anualmente 50% da linha de TV e 60% da de áudio. E para divulgar os novos produtos gasta US$ 16 milhões em propaganda e promoção por ano.
A divisão de áudio e vídeo da Philips deve faturar cerca de US$ 400 milhões no país este ano. Em 1993, a receita somou US$ 380 milhões.
As TVs participam com 60%. Os aparelhos de som, com 25%. Outros 15% representam as linhas de videocassetes e de produtos sofisticados.
Neste ano, a Philips está bastante animada com um produto: a TV de tela grande.
Exportação
Além de querer ampliar a venda deste produto no país, a empresa está de olho no Mercosul.
A Philips está começando neste mês a produção de televisores de 29 polegadas para exportar para Argentina, Paraguai e Uruguai.
A idéia é embarcar a partir de janeiro 20% da produção de TVs de tela grande.
``O mercado de televisores de tela grande é o que mais cresce." Farqui conta que a Argentina é hoje abastecida por uma fábrica da Philips de Cingapura.
Segundo ele, a fábrica da Philips em Manaus (AM) está pronta para abastecer os países da América Latina.
Um teste no ano passado, conta ele, provou isso. A Philips pegou um aparelho de TV de 29 polegadas da Sony, outro da Panasonic e o seu.
Sem que o consumidor percebesse a marca, pediu para que ele escolhesse o melhor em imagem e som.
``O da Philips foi o preferido", lembra. O TV de 29 polegadas da Philips, diz, ganhou, no ano passado, prêmios na Austrália e no Japão.

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