São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997 |
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Diminui a rotatividade de lojas nos shoppings Porcentagem de pontos à venda passa de 10% para 6% do total CLAUDIA GONÇALVES
Há dois meses, segundo Humberto Martins, diretor-proprietário da Bolsa de Shopping Centers do Estado de São Paulo (que comercializa pontos comerciais), a rotatividade nas lojas do país era de 10% do total existente. Em números absolutos, a cifra girava em torno de 2.300 pontos -levando-se em conta as 22,3 mil lojas contabilizadas pela Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers). Só no Estado de São Paulo, eram 300 lojas à espera de compradores. Hoje, a rotatividade está em 6%: 5,5% são lojas que ainda estão abertas, mas aguardam comercialização, e 0,5% são pontos que já fecharam e estão à venda. "No início de novembro, quando muitos shoppings proíbem reformas, a rotatividade chegará a 1%", espera Martins. Ele explica que hoje, apesar de haver muitas lojas fechadas, com tapumes nas fachadas, a maioria já foi vendida e está sendo reformada para o final do ano. Os motivos que haviam levado ao recorde no número de lojas disponíveis fazem parte de uma teia: a abertura às importações dos últimos anos -principalmente a do setor têxtil- levou à competição direta com produtos estrangeiros de baixíssimo custo, como aqueles importados da China. Em shoppings, cerca de 80% das lojas pertencem ao segmento de vestuário. Esses fatos, aliados à estabilidade da moeda, fizeram com que comerciantes nacionais tivessem de reduzir suas margens de lucro. Mas os custos, para quem tem loja em shopping, continuaram no mesmo nível -só que a relação custo-benefício se tornou desvantajosa para muitos lojistas, principalmente para os menores, que não têm uma marca famosa. Estima-se que, do total de lojas a mudar de mãos no primeiro semestre de 97, 99% era de vestuário. Polêmica Nabil Sahyoun, presidente da Alshop (Associação de Lojistas de Shoppings do Estado de São Paulo), acredita que a rotatividade nos shoppings não está caindo. Segundo ele, hoje a taxa de lojas à venda está em 15% do total existente -contra os 7% anuais registrados antes do Plano Real. "Qualquer shopping atualmente tem loja vaga, com tapumes na frente", diz. Ao que Martins responde: "A maioria das lojas com os tapumes já foi comercializada e está em reforma para reabrir". Texto Anterior: A quatro mãos (19) Próximo Texto: Nove projetos serão inaugurados até 1999 Índice |
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