São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997![]() |
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Funcionários encerram greve de 2 meses no Inpi
RONI LIMA
Com uma média mensal de 6.000 novos processos de pedidos de registro de marcas e 1.000 de patentes, o Inpi possui uma sede no centro do Rio de Janeiro que está caindo aos pedaços. A direção também prometeu executar um programa de reforma do prédio. O presidente da Associação de Funcionários do Inpi, Gilberto Barata, 45, disse que os funcionários aguardarão até 25 de julho para que a diretoria do órgão demonstre que está dando encaminhamento aos compromissos assumidos. Caso contrário, a entidade promete retomar a greve em 1º de agosto. Problemas O presidente do Inpi, Américo Puppin, 56, reconheceu alguns dos problemas apontados pela associação e garante o encaminhamento de soluções. Ligado ao Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, com orçamento próprio e cerca de 600 funcionários, o Inpi é um órgão fundamental para a implementação da nova Lei de Propriedade Industrial, que está em vigor desde maio. A instituição analisa e aprova os pedidos de registros de novas patentes e marcas. Um dos problemas do INPI é não contar com número suficiente de funcionários. A informatização também não é suficiente para atender ao aumento da demanda esperada com a nova lei, calculada em pelo menos 30%. Novo código Com a aprovação do novo código de patentes, novos setores terão que ser analisados pelo Inpi, como o farmacêutico, químico e o de biotecnologia em geral. Para a direção do Inpi, o número ideal de funcionários seria de 1.050. Segundo o presidente do Inpi, a partir de convênio entre o governo e a OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), de US$ 10 milhões, serão determinados os programas e funcionários necessários para a reestruturação do órgão. Apesar do fim da greve, este convênio é um ponto de atrito entre a direção e a associação dos funcionários. Barata afirmou que o convênio não foi discutido e que existe a suspeita de que sirva para a direção driblar a lei de licitações, flexibilizando formas de contratação de pessoal e de compra de equipamentos. Para Barata, "a inexistência de planejamento estratégico e desastrosas administrações", atendendo a critérios políticos e não técnicos, colocaram a instituição "em situação de total falência". "O Inpi não tem técnicos em número suficiente e um sistema informatizado de pesquisa", afirmou Barata. Existem no prédio do instituto cerca de 20 milhões de documentos. Esses documentos contêm informações de patentes registradas em todo o mundo. Segundo Gilberto Barata, alguns desses documentos já estão sofrendo o ataque de cupins e brocas. Para ele, a informatização para a pesquisa desse acervo e a recuperação externa e interna do prédio -que tem infiltrações e rebocos caindo- são fundamentais. Texto Anterior: Mídia e "custo Brasil" Próximo Texto: É franchising ou amizade? Índice |
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