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Mantega diz que mínimo pode até ficar abaixo de R$ 367 e estima PIB de 3%
DA REDAÇÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em evento ontem à noite em
São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o
valor do salário mínimo ainda
não está decidido -e pode ser
até menor do que os R$ 367
propostos agora pelo governo.
"Nós podemos alterar esses
R$ 367, para baixo inclusive,
dependendo do que for combinado", afirmou Mantega.
Segundo o projeto de Lei de
Diretrizes Orçamentárias, o
reajuste do mínimo em 2007
deve ser igual à variação da inflação mais o aumento da renda
per capita. Quando o projeto de
Orçamento foi elaborado, a
área econômica manteve a projeção de crescimento de 4,5%,
contra todas as previsões -o
que levaria o valor a R$ 375.
Após as eleições, e com a necessidade de conter o aumento
de gastos, a previsão foi reduzida para 3,7%, o que resultou na
nova proposta de R$ 367.
"Este ano já foi dado", disse
Mantega ontem sobre o crescimento do PIB, para quem ficará
em torno de 3% em 2006.
Na tarde de ontem, cinco ministros receberam as reivindicações das centrais sindicais
para o reajuste do salário mínimo e a correção da tabela do IR,
mas as negociações foram adiadas para quinta-feira.
Na reunião de ontem, Mantega, Paulo Bernardo (Planejamento), Luiz Marinho (Trabalho), Nelson Machado (Previdência) e Luiz Dulci (Secretaria
Geral da Presidência) receberam formalmente as propostas
dos sindicalistas, mas, segundo
os relatos gerais, não fizeram
contrapropostas.
"O governo só ficou chorando", ironizou o presidente da
Força Sindical, Paulo Pereira
da Silva, em referência aos números apresentados sobre o
déficit da Previdência Social.
Mantega disse que se está discutindo com as centrais se o
reajuste do mínimo será mais
ou menos acelerado. "O que
queremos mostrar é que, neste
momento, não dá para reajustar [o mínimo] em um ritmo
mais acelerado", afirmou.
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