São Paulo, sexta-feira, 08 de dezembro de 2006

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Mantega diz que mínimo pode até ficar abaixo de R$ 367 e estima PIB de 3%

DA REDAÇÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em evento ontem à noite em São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o valor do salário mínimo ainda não está decidido -e pode ser até menor do que os R$ 367 propostos agora pelo governo.
"Nós podemos alterar esses R$ 367, para baixo inclusive, dependendo do que for combinado", afirmou Mantega.
Segundo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, o reajuste do mínimo em 2007 deve ser igual à variação da inflação mais o aumento da renda per capita. Quando o projeto de Orçamento foi elaborado, a área econômica manteve a projeção de crescimento de 4,5%, contra todas as previsões -o que levaria o valor a R$ 375.
Após as eleições, e com a necessidade de conter o aumento de gastos, a previsão foi reduzida para 3,7%, o que resultou na nova proposta de R$ 367.
"Este ano já foi dado", disse Mantega ontem sobre o crescimento do PIB, para quem ficará em torno de 3% em 2006.
Na tarde de ontem, cinco ministros receberam as reivindicações das centrais sindicais para o reajuste do salário mínimo e a correção da tabela do IR, mas as negociações foram adiadas para quinta-feira.
Na reunião de ontem, Mantega, Paulo Bernardo (Planejamento), Luiz Marinho (Trabalho), Nelson Machado (Previdência) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) receberam formalmente as propostas dos sindicalistas, mas, segundo os relatos gerais, não fizeram contrapropostas.
"O governo só ficou chorando", ironizou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, em referência aos números apresentados sobre o déficit da Previdência Social. Mantega disse que se está discutindo com as centrais se o reajuste do mínimo será mais ou menos acelerado. "O que queremos mostrar é que, neste momento, não dá para reajustar [o mínimo] em um ritmo mais acelerado", afirmou.


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