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GUERRA SEM LIMITES
Itamaraty nega indícios de terror na Tríplice Fronteira
DA REDAÇÃO
O Ministério das Relações
Exteriores divulgou comunicado ontem em que afirma
não haver indícios de atividade ou financiamento terrorista na Tríplice Fronteira
entre Brasil, Argentina e Paraguai. A nota do Itamaraty
foi uma reação à decisão
anunciada na quarta-feira
pelo Departamento do Tesouro dos EUA de impor sanções contra duas empresas e
nove pessoas da região suspeitos de financiar o grupo libanês Hizbollah.
Segundo o Itamaraty, a lista de nomes foi objeto de
"ampla discussão" na reunião do Grupo 3 +1 sobre a
segurança na Tríplice Fronteira, realizada nos dias 4 e 5
de dezembro, em Buenos Aires, com representantes do
Brasil, da Argentina, do Paraguai e dos EUA.
"Na oportunidade, as delegações dos três países sul-americanos coincidiram
quanto à inexistência, nas informações sobre tais nomes,
de quaisquer novos dados, ou
evidências, que corroborassem as denúncias formuladas pela parte norte-americana", diz a nota do Ministério brasileiro.
"Iniciativas e declarações
unilaterais que singularizem, de forma arbitrária, a
Tríplice Fronteira causam
prejuízo indevido à região."
Entre os nove homens de
origem árabe colocados na
lista negra do governo norte-americano há um cidadão
brasileiro, Assad Ahmad Barakat, preso no Paraguai desde 2002 por evasão fiscal e
associação criminosa.
A reportagem tentou ontem falar com Ali Muhammad Kazan, um dos incluídos na lista, mas não conseguiu. Na Escola Libanesa
Brasileira de Foz do Iguaçu,
cuja entidade mantenedora é
presidida por Kazan, a reportagem foi informada que ele
não falaria com a imprensa.
As duas empresas embargadas são a Casa Hamze, de
produtos eletrônicos, e o
shopping center Galeria Page, ambos em Ciudad del Este, no Paraguai.
ColaborouAGÊNCIA FOLHA
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