São Paulo, sexta-feira, 08 de dezembro de 2006

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GUERRA SEM LIMITES

Itamaraty nega indícios de terror na Tríplice Fronteira

DA REDAÇÃO

O Ministério das Relações Exteriores divulgou comunicado ontem em que afirma não haver indícios de atividade ou financiamento terrorista na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. A nota do Itamaraty foi uma reação à decisão anunciada na quarta-feira pelo Departamento do Tesouro dos EUA de impor sanções contra duas empresas e nove pessoas da região suspeitos de financiar o grupo libanês Hizbollah.
Segundo o Itamaraty, a lista de nomes foi objeto de "ampla discussão" na reunião do Grupo 3 +1 sobre a segurança na Tríplice Fronteira, realizada nos dias 4 e 5 de dezembro, em Buenos Aires, com representantes do Brasil, da Argentina, do Paraguai e dos EUA. "Na oportunidade, as delegações dos três países sul-americanos coincidiram quanto à inexistência, nas informações sobre tais nomes, de quaisquer novos dados, ou evidências, que corroborassem as denúncias formuladas pela parte norte-americana", diz a nota do Ministério brasileiro.
"Iniciativas e declarações unilaterais que singularizem, de forma arbitrária, a Tríplice Fronteira causam prejuízo indevido à região." Entre os nove homens de origem árabe colocados na lista negra do governo norte-americano há um cidadão brasileiro, Assad Ahmad Barakat, preso no Paraguai desde 2002 por evasão fiscal e associação criminosa.
A reportagem tentou ontem falar com Ali Muhammad Kazan, um dos incluídos na lista, mas não conseguiu. Na Escola Libanesa Brasileira de Foz do Iguaçu, cuja entidade mantenedora é presidida por Kazan, a reportagem foi informada que ele não falaria com a imprensa.
As duas empresas embargadas são a Casa Hamze, de produtos eletrônicos, e o shopping center Galeria Page, ambos em Ciudad del Este, no Paraguai.


Colaborou

AGÊNCIA FOLHA


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