CINEMA

ESTREIA | O Congresso Futurista

Diretor israelense faz ficção científica animada

Aline Pellegrini

Aos 44 anos, a atriz norte-americana Robin Wright, da série "House of Cards" e do longa "Forrest Gump", interpreta ela mesma em "O Congresso Futurista", ficção dirigida por Ari Folman ("Valsa para Bashir").

Lidando com uma carreira em decadência e com um filho que tem um problema degenerativo, a atriz recebe a proposta de um derradeiro contrato profissional.

O estúdio Miramount oferece a Robin a possibilidade de se transformar em um experimento digital que permite que uma réplica de- la tome conta de sua carreira. No contrato, ela abriria mão de trabalhar como atriz nova- mente, fazendo com que apenas a Miramount tenha controle de seu eu virtual. Apesar de inicialmente rejeitar a oferta, Robin muda de ideia para se dedicar a cuidar do filho.

Uma improvável máquina captura todos os movimentos e sons emitidos por ela e cria um ser virtual que não envelhece e que protagoniza muitos filmes pelas décadas seguintes. A partir daí, a ficção assume ares surrealistas.

Vinte anos no futuro, Robin é chamada para um congresso convocado pelo estúdio. O evento ocorre em uma restrita zona animada, para a qual ela parte após tomar uma espécie de droga que a transforma em um desenho.

Questionamentos sobre o sistema estabelecido pelos estúdios de Hollywood, sobre o cinema e sobre a fronteira entre ficção e realidade não são poupados neste futuro alternativo criado por Folman.