SP já teve rua em homenagem a Hitler; veja curiosidades sobre vias da cidade

Conhece a rua Borboletas Psicodélicas? E a Rola Cabocla? Denominações estranhas como essas não faltam no universo das 55 mil vias oficiais paulistanas.

Veja abaixo essas e outras curiosidades sobre vias paulistanas:

BECO MALFALADO

Em 1865, diversas ruas do centro foram renomeadas para serem menos infames. As ruas da Quitanda, do Comércio e da da Assembleia antes chamavam-se, respectivamente, beco da Cachaça, beco do Inferno e beco dos Cornos.

ESQUISITAS
Nomes estranhos, no entanto, continuam existindo. No Horto Florestal existe a rua Tapaxanas, e a rua Rola Cabocla fica em Guaianases. Já a rua Zo Wada fica na Vila Friburgo.

SOB A SOMBRA DO FÜHRER

Já existiu uma rua Adolf Hitler em Santo Amaro. Ela teve o nome alterado em 1931, oito anos antes da Segunda Guerra, como parte de uma nacionalização dos nomes de rua que aconteceu na época. Sorte dos moradores da atual rua Gil Eanes, que ainda tem diversas casas em estilo alemão.

PIONEIRA

Aberta no século 16, a rua Direita, na Sé, é a primeira rua cujo nome foi mencionado em documentos históricos: em 1638, vereadores queriam remover um monte de terra que atrapalhava a circulação dos pedestres. Ficou conhecida por esse nome pois começava à direita da porta da Igreja da Misericórdia (hoje demolida) e levava à Igreja de Santo Antônio, na praça do Patriarca.

A VIA MAIS LONGA

É a avenida Sapopemba, com 26 km dentro do município. É uma das poucas avenidas que não sofreram alterações no traçado.

MODERNISTA

Foi Mário de Andrade o responsável pela criação de um acervo com a história de cada rua e avenida da cidade, em 1936. Na data, o modernista estava à frente do departamento de cultura, ao qual cabia nomear as vias.

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TÚNEL DO TEMPO

1809

O nome das ruas começa a ser escrito na parede de algumas casas, que passam também a ter números para indentificá-las.

1846

Por conta da visita de D. Pedro II a São Paulo, o governo manda afixar placas nas ruas; elas só ficam prontas depois de ele deixar a cidade.

1915

Primeira legislação sobre emplacamento; as placas em preto e branco são substituídas por placas azuis com letras brancas.

1987

É atribuída oficialmente aos vereadores a função de dar nomes a logradouros, antes eles só podiam alterá-los.

2008

Decreto estabelece que nomes não podem ser mudados, a não ser que haja ruas homônimas ou quando o nome exponha ao ridículo os moradores.

2013

Uma lei permite mudar nome de via se a autoridade tiver cometido crime de lesa-humanidade ou violações de direitos humanos.

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