Com plateias opostas, peça debate o real e a ficcão

Em sua nova montagem, "2 Ficções", a Cia. Hiato volta a explorar a possibilidade de conferir as mesmas cenas a partir de ângulos diferentes. A experiência já tinha sido realizada em "O Jardim", de 2011.

A produção, que estreia no Sesc Pompeia na terça (18), é uma continuação de "Ficção" (2012), com monólogos que alternavam histórias reais dos atores com relatos inventados.

"Agora estamos questionando o próprio projeto, vendo o quanto é possível fugir da biografia ao fazer uma ficção e vice-versa", explica o diretor, Leonardo Moreira, que também assina o texto.

Ao chegar, o público precisa escolher entre as plateias A e B. Confira as possibilidades de cada uma.

Otávio Dantas/Divulgação
Paula Picarelli está em "2 Ficções", peça da Cia. Hiato que estreia no Sesc Pompeia na terça (18)
Paula Picarelli está em "2 Ficções", peça da Cia. Hiato que estreia no Sesc Pompeia na terça (18)

PLATEIA A

Os espectadores daqui chegam meia hora antes da plateia B e percorrem uma instalação com cenários baseados na casa onde o diretor do espetáculo passou a infância e que serve de base para a montagem. Quando os atores sobem ao palco, o público vê a cena ao contrário, do ponto de vista da coxia. É uma maneira de representar a realidade de forma oposta à ficção, vista por quem está na outra plateia.

PLATEIA B

As pessoas deste setor chegam na hora de o espetáculo começar e assistem às cenas de frente. O enredo questiona se é possível entender uma biografia representada por meio de uma invenção.

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