Da quebradeira ao acabamento: como planejar e organizar a sua reforma

Reforma é (quase) sempre sinônimo de dor de cabeça; saiba por onde começar a mexer, do planejamento ao acabamento.

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Começo
O primeiro passa é ter claro o motivo da reforma. Defina se é uma atualização estética do ambiente, ampliação de espaços ou reparos na infraestrutura, como instalações hidráulicas e elétricas. A partir disso, analise o orçamento disponível para a obra. É fundamental fazer um bom projeto, com engenheiro e arquiteto, e seguir um cronograma para evitar atrasos e desperdício financeiro.

Profissionais
O projeto da reforma precisa ser assinado por um arquiteto ou engenheiro. Caso a obra seja apenas uma atualização estética, um designer de interiores poderá ser contratado. Busque indicação de conhecidos, empresas com boa reputação no mercado e analise obras realizadas para verificar se o estilo do profissional se adequa ao seu. Para a equipe de execução do projeto, intervenções mais complexas pedem empreiteiras. Para reformas pontuais, equipes menores e pedreiros independentes atendem à demanda.

Orçamento
É importante que o profissional responsável pelo projeto esteja ciente do seu orçamento e se comprometa a segui-lo. Com o projeto em mãos, faça uma planilha de todos os materiais e serviços para ter um controle do custo. Por cada item, solicite de dois a três orçamentos. Lembre-se: o melhor orçamento nem sempre é o melhor serviço. Avalie o conjunto, a qualidade e não apenas o preço. Outra dica: preveja uma folga de aproximadamente 15% no orçamento geral para imprevistos.

Onde
Enquanto a reforma em uma casa pode mudar quase tudo, desde que dentro da legislação municipal, em um apartamento é preciso ficar atento aos sistemas coletivos, como estrutura, hidráulica e elétrica, entre outros itens. Em caso de demolições e troca de revestimentos, deve-se apresentar um laudo técnico de um engenheiro. Além, é claro, de obedecer as regras de condomínio, como horários de trabalho, carga e descarga de materiais de entulho, uso e limpeza de elevadores e áreas comuns

Parte elétrica
Residências mais antigas precisam de uma atualização na parte elétrica para continuarem atendendo com segurança às exigências de um mundo cada vez mais conectado. É importante avaliar a posição e o acesso das tomadas de uso comum, como TVs, computadores e carregadores de celulares, além de aquelas de uso específico que exigem carga de energia maior (micro-ondas e lava-louça). A partir daí, é possível planejar as mudanças necessárias em todo o sistema elétrico, como acréscimo, mudança de pontos de tomada e interruptores, passagem de nova fiação e ajustes no quadro elétrico. O projeto deve ser elaborado por engenheiro civil ou elétrico ou arquiteto habilitado em projetos de baixa tensão.

Hidráulica
As instalações hidráulicas são as primeiras a serem executadas dentro do cronograma da reforma por estarem embutidos dentro das alvenarias das residências. Em apartamentos mais antigos, a reforma é uma ótima oportunidade para analisar o estado da tubulação que costumava ser de ferro e pode estar no final de sua vida útil.

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Quebradeira
Reforma sem quebradeira só existe se não envolver troca de tubulação, pontos elétricos ou revestimentos. Entretanto, há opções de acabamento que permitem a instalação do novo revestimento sobre o antigo. Já para a construção de novas divisórias, o "drywall" permite a montagem de uma grande quantidade de paredes em pouco tempo e sem qualquer barulho. Nas grandes reformas, para amenizar o transtorno, garanta que a equipe mantenha a obra limpa e organizada diariamente. Mesmo que a reforma seja de um cômodo só, proteja piso, móveis e paredes durante a obra

Dentro e fora
Em casa, se o projeto incluir uma reforma geral, a dica é começar a obra pela parte interna, deixando a área de fora para descarte de demolição, entrada e saída de mão de obra. Na parte exterior, os reparos mais comuns ocorrem no telhado, na piscina, na área de paisagismo e na fachada

Acabamentos
Com os serviços estruturais concluídos, os trabalhos de acabamento começam e exigem um refinamento maior. É a fase que entram os revestimentos de gesso, pisos, madeiras, impermeabilização e pintura. Cabe ao arquiteto indicar materiais específicos para cada projeto e alinhar com o perfil do cliente

Fontes: arquitetos Ana Paula Mello (A Sala Arquitetura), Felipe Antonoff (PontoDois Arquitetura) e Mariana Andersen (Casa 14 Arquitetura)

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