"Acho que encontrei o 'Absurdo'. Estava me sentindo desconectado, apático em relação às coisas, quando li o livro e percebi que não era uma coisa só minha, mas que todos, em diferentes níveis, deveriam se sentir da mesma forma", conta o músico Rodrigo Campos, 39.
O tal livro é o "Mito de Sísifo", do escritor francês Albert Camus, e o "Absurdo", algo apresentado no ensaio como o divórcio do indivíduo com a própria vida. Foi partindo dessa premissa, da busca de sentidos, que Campos, ao lado do músico Gui Amabis, 41, e da cantora Juçara Marçal, 55, criou o projeto "Sambas do Absurdo".
Luan Cardoso/Divulgação | ||
Os músicos Gui Amabis e Rodrigo Campos e a cantora Juçara Marçal apresentam os "Sambas do Absurdo" |
"O livro me botou de novo no jogo. Quis fazer as músicas para homenagear esse acolhimento que ele me ofereceu", diz. As oito canções do projeto, que versam sobre a temática, são parcerias dele (melodia) com o artista Nuno Ramos, 57 (letras). E por que sambas (ainda que "não tradicionais") para falar de existencialismo? "Como gênero, o samba também é esteticamente existencial", explica ele.
Campos, Amabis e Juçara mostram o trabalho (que deve ser lançado como álbum neste mês) no Nublu Jazz Festival, no Sesc Pompeia, na próxima quinta-feira (6).
Sesc Pompeia - comedoria. R. Clélia, 93, Água Branca, tel. 3871-7700. Qui. (6): 21h30. 60 min. 18 anos. Ingr.: R$ 15 a R$ 50.