Versão brasileira de azeite chega fresca da serra da Mantiqueira

De dentro da construção onde se extrai o azeite Serra dos Garcias, a vontade é explorar os arredores. Pela janela, vemos as montanhas de Aiuruoca (MG) e uma plantação de algo nada familiar.

As árvores de folhas pontiagudas e de um tom prateado são de maçã? Pera? Seria difícil acertar sem ajuda: são oliveiras, uma cultura que destoa das outras mais comuns ali, como café e milho.

Lucas Terribili/Divulgação
Oliveiras em Aiuruoca, em Minas Gerais, produzem ingrediente usado no azeite extravirgem Serra dos Garcias
Oliveiras em Aiuruoca, em Minas Gerais, produzem ingrediente usado no azeite extravirgem Serra dos Garcias

Testes para a produção de azeite na serra da Mantiqueira começaram há cerca de dez anos e a atividade comercial dois anos depois, diz Luiz Fernando de Oliveira, coordenador do programa de pesquisa em olivicultura da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais).

Mas, ainda que pequena, toma fôlego a cada ano, segundo o pesquisador: em 2018 a expectativa é produzir 80 mil litros (o dobro do ano passado). O destino são empórios e supermercados especializados de cidades como São Paulo e Rio.

Na propriedade da Serra dos Garcias, as oliveiras deram no fim de março seus últimos frutos. As azeitonas são colhidas e, rapidamente, trituradas e centrifugadas -uma parte do processo que desprende um aroma fresco e herbáceo tão intenso que poderia ser uma sauna, não fosse a temperatura baixa da sala. Depois de ser transformado em azeite, chega ao mercado em algumas semanas.

"O azeite se degrada com o tempo, por isso frescor é muito valorizado. O auge do aroma e sabor se mantém, em média, de seis a nove meses, a depender da espécie", diz Sandro Marques, especialista e autor do "Guia de Azeites do Brasil 2017".

Na Mantiqueira, onde a colheita acontece entre fevereiro e meados de abril, o maior volume de produção é da variedade arbequina, que produz um azeite frutado com baixo índice de amargor e picância. Boa época, então, para explorar não só as montanhas, como o que vem de suas árvores.

AZEITES DA MANTIQUEIRA

Serra dos Garcias: R$ 52 (500 ml, variedade arbequina). santaluzia.com.br

Olibi: R$ 52,40 (250 ml) ruadoalecrim.com.br

Oliq: R$ 51,90 (250 ml) ruadoalecrim.com.br

Wellington Nemeth/Divulgação
Carne e Batata com farinha(R$ 62), dor restaurante Micaela, do chef Fabio Vieira
Carne e batata com farinha(R$ 62), novo prato do restaurante Micaela, do chef Fabio Vieira

NOVIDADE
A hamburgueria The Black Beef, do ator Caio Castro, acaba de inaugurar uma unidade no shopping Ibirapuera e vai ganhar, nos próximos meses, pontos nos shoppings Paulista e West Plaza. Ao menos uma unidade também deve chegar a Portugal, na cidade do Porto. A lanchonete tem inspiração em redes americanas como Shake Shack e Five Guys.

The Black Beef av. Ibirapuera, 3103, Indianópolis

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NO MENU
O chef Fábio Vieira, do Micaela, traz novidades no cardápio, caso da salada com camarão envolto em chuchu cru, marinado em molho agridoce de capim-santo com coentro e pimenta-de-macaco (R$ 42). Para principal, carne de peito na panela com seu caldo espesso, e passada em farinha de milho mineira (R$ 62).

Micaela r. José Maria Lisboa, 228, Jardim Paulista, tel. 3473-6849

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AGENDA
Acontece, no dia 10 de abril em São Paulo, a feira de vinhos e o lançamento do guia "Descorchados 2018" (r. Funchal, 500, Vila Olímpia, a partir das 18h30). A compra do ingresso (R$ 150) dá direito à publicação e também a experimentar vinhos de produtores que participam dela. Ingresso e guia podem ser adquiridos no site loja.sabor.club

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