A relação do paulistano com a própria cidade tem mudado bastante nos últimos anos. Uma instituição, porém, segue inabalável: o shopping center. No total, a capital já soma 53 empreendimentos do tipo, e há previsão de inauguração de mais quatro na Grande São Paulo até o próximo ano.
Para efeito de comparação, o Rio, segunda colocada entre as metrópoles brasileiras com maior concentração de shoppings, tem 39. Não à toa, a região Sudeste foi responsável por 58% do faturamento total desse mercado no país em 2017, abocanhando em vendas R$ 97 bilhões.
Uma mudança no cenário global desse segmento também está manifestando-se por aqui. "A tendência é que os shoppings deixem de ser apenas centro de compras para se tornarem locais de convivência e conveniência", explica Glauco Humai, presidente da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers).
Assim, mais do que enfileirar lojas, eles estão se tornando redutos de (boa) gastronomia, shows e teatros –além de oferecerem uma variada gama de serviços que facilitam o dia a dia do cliente.
Segundo pesquisa da associação, 15% dos frequentadores paulistanos disseram ir ao shopping com a intenção principal de se alimentar. A motivação superou "ver vitrines", citada por 14% dos entrevistados.
Esse tipo de comportamento tem levado muitos estabelecimentos paulistanos a dobrar a sua oferta gastronômica, inclusive fora da área das praças de alimentação, atraindo nomes consagrados do setor.
É uma transformação que tende a crescer, independentemente da crise, dizem as empresas que administram esses centros.
Confira abaixo algumas dessas tendências que têm inspirado os grandes da cidade.
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Shoppings ganham restaurantes famosos, que antes eram vistos só nas ruas
Corrida e exposição sobre dinossauros são destaque em programação de shoppings paulistanos
Shoppings investem em plantações no telhado, hortas comunitárias e iniciativas sustentáveis
Conferimos o que acontece de madrugada nos shoppings Aricanduva e Center Norte