"Estamos vivendo uma crise de saúde emocional." A frase da psicóloga Desirée da Cruz Cassado reflete bem a realidade do paulistano. Trânsito, longas jornadas de trabalho, ansiedade. Cuidar do corpo ainda é essencial, mas já não é mais a única preocupação de quem vive em uma das capitais mais estressantes do país.
O resultado é uma crescente associação entre a prática de exercícios físicos e cuidados com o bem-estar. Pilates para curar dores crônicas, ioga para tranquilizar a mente, meditação para se livrar da angústia, lutas para descarregar a adrenalina. A procura só cresce, e academias e estúdios se preparam para atender a essa demanda.
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Alunos durante exercício de respiração em aula de ioga |
"As pessoas estão buscando autoconhecimento para lidar com desafios emocionais", diz Desirée, que dá cursos na The School of Life, dedicada à inteligência emocional. Já a ioga, que concilia exercício físico e equilíbrio mental, se expande pela cidade. A esperança de uma vida mais zen tem feito também a meditação crescer. Já há espaços dedicados exclusivamente ao aprendizado da técnica.
"Todo o mundo sabe que é importante cuidar da alimentação e do corpo, mas agora sabe também que é essencial ter saúde mental", avalia Moira Malzoni, sócia do estúdio Moved by Mindfulness.
Academias tradicionais se voltaram para essas técnicas, como a Bio Ritmo, que criou o estúdio Vidya, dedicado à ioga. "É uma atividade que dá disposição e aumenta a concentração", diz o professor Isaias Vieira.
Mas o cuidado com o corpo não foi deixado de lado. Uso de monitoramento de frequência cardíaca e treinos de alta intensidade com curta duração são as principais tendências, segundo Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company. "Nos EUA, o foco das academias é o conceito que diz que você não deve melhorar só o físico, mas, sim, a saúde como um todo."
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'Mindfulness' e inteligência emocional