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carreira executiva

Mentoria em empresas é saída para reter talentos e formar sucessores

Formar sucessores pode ser difícil quando se tem uma geração de profissionais cada vez mais imediatista e empreendedora.

Além disso, o desenvolvimento contínuo, chave para a formação de executivos, costuma ser negligenciado pelas companhias, na opinião de Ricardo Basaglia, diretor-geral da Michael Page, empresa de recrutamento.

"O desenvolvimento contínuo não pode aparecer na agenda das empresas apenas nos momentos de crise. Isso implica perda de tempo, estresse, pressão de públicos interessados no negócio, como acionistas, parceiros etc.", afirma Basaglia.

Não é o caso da Falconi, empresa de consultoria e gestão, que identifica os executivos "imperdíveis" por meio de um "robusto sistema de avaliação de desempenho e alinhamento de valores".

Divulgação
Fernando Ladeira Fernandes, diretor de gente e gestão da Falconi
Fernando Ladeira Fernandes, diretor de gente e gestão da Falconi

"É preciso identificar quem são os jovens consultores que entregam resultados acima da média, mantê-los por perto e dar oportunidade. Eles precisam saber que a empresa os reconhece como talentos", afirma Fernando Ladeira Fernandes, diretor de gente e gestão da Falconi.

Ladeira reforça que empresas tradicionais têm perdido muitos talentos para startups, já que esses profissionais não veem a possibilidade de se tornarem sócios em pouco tempo.

Por isso, a Falconi antecipou a "janela" para a sociedade. Antes, para ter participação no negócio, era preciso ter pelo menos uma década de casa; agora, esse tempo caiu pela metade.

Para formar sucessores, o executivo deve dedicar tempo na agenda para formar, por meio de programas de mentoria. "É preciso dar exemplos, inspirar pela prática", afirma Ladeira, que entrou na Falconi no ano 2000 pelo programa de trainee e, desde 2016, conduz os principais processos de recursos humanos da empresa.

Basaglia explica que a forma mais comum de fazer mentoria é escolher internamente os profissionais com mais capacidade de transmitir orientação estratégica.

"Além de instruir, ajuda na mudança de postura e na tomada de decisão. É uma troca de saberes de um expert com alguém que deseja se desenvolver", afirma.

Também há a opção de contratar consultorias especializadas para montar um programa de mentoria interno e orientar os colabores escolhidos pela corporação para o projeto de sucessão.

"É um esforço de retenção", diz Ladeira. "Se o profissional quer empreender, pode fazer isso dentro de casa, e não no vizinho."

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