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zona sul de são paulo

Lançamentos imobiliários na zona sul de SP migram para área comercial

A zona sul de São Paulo sempre atraiu grandes investimentos imobiliários e isso não deve mudar nos próximos anos. Quase 38% das unidades residenciais lançadas nos últimos cinco anos na cidade estão nessa área, segundo levantamento do Grupo Zap Viva Real.

Se hoje bairros residenciais como Vila Mariana, Saúde, Campo Limpo e Ipiranga concentram o maior número de lançamentos, especialistas apontam que os novos polos de empreendimentos devem surgir em bairros de caráter mais comercial, como Vila Olímpia, Brooklin e os arredores da avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini.

"Antigamente, a orientação para os lançamentos estava relacionada com regiões mais tranquilas da cidade. Hoje, por causa do trânsito e da escassez de tempo, o principal elemento que direciona a decisão imobiliária é o transporte, é preciso estar perto do trabalho ou ter acesso fácil", afirma Alexandre Lafer, presidente da construtora Vitacon.

Ilustração Romolo Eduardo
Mapa da zona sul
Mapa da zona sul

"Eu acredito que Brooklin, Vila Olímpia e Berrini vão ganhar uma cara mais residencial", diz Lafer, que tem planos de lançar diversos prédios residenciais na região.

As novas construções devem seguir as estações da Linha 5-Lilás do metrô, que ligará o Capão Redondo às estações Santa Cruz, da linha 1-Azul, e Chácara Klabin, da Linha 2-Verde.

A linha 17-ouro de monotrilho, cuja primeira fase vai do Morumbi até o aeroporto de Congonhas, no Campo Belo, também chama a atenção dos investidores. Ela deve ser entregue até 2020.

"Estação de metrô funciona da mesma maneira que shopping. Ela leva desenvolvimento imobiliário ao seu entorno, primeiro atraindo prédios comerciais e depois residenciais", diz Luciano Amaral, diretor-geral da incorporadora Benx. "Em uma cidade em que são gastas horas para se chegar ao trabalho, o metrô funciona como um chamariz para o mercado imobiliário."

A chegada dos novos prédios é facilitada também pelo Plano Diretor de São Paulo, que prevê maior adensamento e construções mais robustas nas regiões próximas às linhas de metrô.

"O Brooklin Paulista, no sentido da hípica, a Vila Cordeiro e as áreas próximas às estações de metrô Borba Gato e Alto da Boa Vista, inauguradas no ano passado, têm muitos trechos com casas. Provavelmente esses bairros devem se verticalizar no futuro", estima Vladimir Santana, coordenador de políticas públicas da Arq.Futuro, plataforma de debate sobre o futuro das cidades.

Alberto Rocha/Folhapress
Vista da Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo
Vista da Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo

AVENIDA

O complexo viário de 3,2 quilômetros, que prolonga a avenida Chucri Zaidan até a rua Laguna, em Santo Amaro, e foi entregue em janeiro, também é um grande atrativo para empreendimentos.

"É uma das principais intervenções viárias da cidade, uma alternativa para a circulação na marginal Pinheiros e pode induzir investimentos imobiliários", diz Daniel Montandon, professor de urbanismo da Escola da Cidade.

A expectativa é que se repita ali a valorização imobiliária vista nos últimos 20 anos no Itaim Bibi com a ampliação da avenida Brigadeiro Faria Lima e a construção da Juscelino Kubitschek.

A incorporadora Benx já aposta na área, com dois terrenos recém-comprados e mais dois em negociação. "Nossa aposta está no eixo entre Chucri Zaidan, Chácara Santo Antônio e Brooklin", diz Luciano Amaral.

No sentido do Brooklin e de Moema, os empreendimentos devem ser de médio e alto padrão.

Já na direção da avenida João Dias, o perfil dos imóveis será mais econômico.

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