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Saiba para onde vai o lixo que você produz em casa

Bandeja de isopor vai para lugar errado por desinformação

Levíssimo, o poliestireno expandido, ou isopor, é muito poluente e pode demorar 400 anos para se dissolver no meio ambiente. Apesar de 100% reciclável, de uma produção anual de 65 mil toneladas, apenas 10% do que é produzido aqui é reciclado.

A fábrica Santa Luzia, desde 2006, trocou a matéria-prima de seus produtos (revestimentos, molduras, guarnições e rodapés) que eram feitos de madeira por isopor de segunda mão.

Hoje, processa 500 toneladas/ mês. Recebe de fábricas de eletrodomésticos, automóveis e gêneros alimentícios, que economizam até 70% em relação ao que gastavam antes destinando esses resíduos para aterros sanitários. Mantém rede de 136 cooperativas de catadores, em duas unidades: em Taubaté (SP) e em Santa Luzia (SC).

Marcos Zanette, diretor da empresa, diz que grande parte das bandejas e embalagens de isopor vai parar no lixo por falta de informação do consumidor e pelo valor baixo do material entre recicladores, por conta do baixo peso: uma embalagem de alimentos pesa em média 0,74 kg.

E a caixinha que vem com canudinho de plástico?

Mesmo com preocupação ambiental e um núcleo dedicado ao tema operando há 20 anos, a Tetra Pak ainda mantém no seu portfólio embalagens que vêm junto com canudos de plástico.

A empresa recomenda que os consumidores coloquem os canudinhos dentro da embalagem e enviem tudo junto para a coleta seletiva.

Em 2017, 23,5% das embalagens multicamadas produzidas pela Tetra Pak para o Brasil foram recicladas, ou 61.400 toneladas. A meta é chegar a 24,1% em 2018.

Compostas de papel (75%), plástico (20%) e alumínio (5%), essas embalagens, usadas por mais de 200 empresas de alimentos, bebidas e cosméticos do país, devem ser descartadas com o lixo reciclável, junto com papel, plástico, vidro e alumínio. Nas recicladoras, são processadas numa espécie de liquidificador gigante e viram polpa de papel e plástico-alumínio. O papel é usado por indústrias papeleiras e o plástico-alumínio serve para fazer telha, tubo de caneta etc.

Valéria Michel, diretora de meio ambiente da Tetra Pak, diz que apesar da infra-estrutura, há ociosidade na cadeia da reciclagem porque os consumidores não descartam as embalagens corretamente.

Atenção na hora de se livrar de remédios

Uma caixa de remédio costuma conter vários materiais. Em contato direto com os medicamentos, para protegê-los da oxidação e da umidade, ficam as chamadas embalagens primárias: são as cartelas (blisters), os potes de vidro, os potes de plástico e as bisnagas.

Para envolver essas embalagens internas vêm as embalagens secundárias: envelopes, caixas de papelão e também as bulas de papel comum.

Remédios vencidos e embalagens primárias não podem ir para o lixo comum nem para a reciclagem simples, porque podem conter resíduos das substâncias químicas e contaminar o meio ambiente.

Precisam ser descartados em pontos de coleta específicos de farmácias, supermercados ou postos de saúde. Esse material, assim, acabará incinerado, e as suas cinzas irão para aterros especiais. Mas as embalagens secundárias, aquelas que não tiveram contato com os remédios, podem ser recicladas junto com demais plásticos e papéis. Portanto, abra a caixa e separe o que é a parte interna.

A plataforma de reciclagem e-cycle tem ferramenta de busca para ajudar o consumidor a encontrar pontos de descarte próximos da sua casa. www.ecycle.com.br

Qual é o melhor jeito de consumir café para reduzir a pegada ambiental da sua casa?

Se você consumir 1 kg de café torrado e moído utilizando cafeteira com filtros de papel, vai ter como resíduos uma a duas embalagens grandes do pó e cerca de 20 filtros sujos, que podem ser compostados junto com o café. A própria borra pode ser usada na limpeza de pratos, porque absorve gordura.

Se o café for em cápsula, para obter 1 kg da bebida você vai precisar de cerca de 200 cápsulas (cada uma tem entre 5 e 5,5 gramas). Se forem cápsulas feitas de plástico, cada uma delas será envolta em uma outra embalagem, necessária para evitar a oxidação do produto.

Essa comparação já pode dissuadir quem queira reduzir a pegada ambiental. Mas, se ainda assim você faz parte do grupo que está fazendo o mercado das cápsulas crescer no país, tem à disposição programas de reciclagem nas quatro maiores grandes marcas do mercado.

Pense na hora de comprar a 'areia' para a higiene do seu gato

Os gatos não apenas são limpos como impõem um padrão de higiene ao ambiente em que vivem. Algumas vezes por semana seus humanos de estimação têm de limpar as bandejas que eles usam como banheiros para satisfazer o controle de qualidade felino. Mas o que fazer com o material recolhido?

Aí que está. Depende do tipo de produto sanitário que se compra. Uns precisam ser descartados no lixo comum, e no fim da linha vão para o aterro. Caso de granulados de sílica ou argila, que não são boa solução ambiental.

Mas há vários biodegradáveis: de madeira, de papel reciclado, de cascas... Se optar por um desses, pode recolher os torrões formados com o xixi e o cocô e jogar no vaso sanitário. O resto do material pode ser mantido. Quando for renovar geral, é só colocar aos poucos o que já foi batizado na compostagem.

Editoria de Arte/Folhapress
Como separar o lixo doméstico
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